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Foto: Maradona A administradora de empresas e diretora da ModClima, Majory Imai, apresentou a palestra sobre indução de chuvas localizadas A administradora de empresas e diretora da ModClima, Majory Imai, apresentou a palestra sobre indução de chuvas localizadas
  •  A consultora de negócios, Patrícia Fucks, levou o pai, que é produtor de soja no sudeste do Tocantins, região que mais sofre com estiagem no Estado, para conhecer o processo de indução de chuvas

Fazer chover no Tocantins. Essa é a proposta que a administradora de empresas e diretora da ModClima, Majory Imai, trouxe para a palestra sobre indução de chuvas localizadas, realizada na tarde dessa sexta-feira, 6. Ministrada no auditório 2 do Espaço Inovar, a palestra faz parte da programação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden) na 16ª Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins).

Com o slogan “Modificações conscientes no clima e no meio ambiente”, a empresa ModClima aposta na inovação, pesquisa e desenvolvimento, com foco na utilização de soluções limpas e sustentáveis para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, como o uso da tecnologia de indução de chuvas localizadas. Inventada e patenteada pelo engenheiro Takeshi Imai, a tecnologia limpa tem o objetivo de semear e induzir uma nuvem a crescer e a chover apenas com a utilização de água potável e sem qualquer tipo de substância tóxica ou química, que causam problemas pulmonares na população.

Desde 2009, a empresa trabalha com produtores rurais, buscando solucionar problemas de estiagem que afetem as lavouras. A diretora Majory Imai explica como funcionam as chuvas induzidas: “Usamos a técnica de gotas coletoras de tamanho controlado. Desta forma, essas gotas maiores que soltamos com os bicos pulverizadores do avião biomotor dentro das nuvens colidem com as gotículas da própria nuvem e aí ela chove”. Ainda segundo ela, a tecnologia se propõe a otimizar a distribuição de chuva, pois isso interfere positivamente no microclima da região. “A gente não produz chuva, a gente induz uma nuvem em potencial a chover sobre a região onde se pretende que chova. Então, não importa apenas quanto ou onde choveu, mas é preciso fazer chover dentro da área alvo”, explica.

O produtor de soja, Sebastião Rosa Júnior, nunca tinha ouvido falar da tecnologia e achou muito interessante por ser uma iniciativa que ajuda o agronegócio a não ter prejuízos. Ele afirma que “funcionaria muito para as plantações do Estado, mas é preciso que os produtores da mesma região se juntem coletivamente para conseguir contratar essa tecnologia que vai beneficiar toda a cadeia produtiva”.

A consultora de negócios, Patrícia Fucks, levou o pai, que é produtor de soja no sudeste do Tocantins, região que mais sofre com estiagem no Estado, para conhecer o processo de indução de chuvas para ajudar a manter as plantações das culturas. Para ela, a existência dessa tecnologia é uma perspectiva de fortalecimento do agronegócio, da viabilidade da produção mesmo sob condições climáticas adversas. “Fiquei encantada. É uma tecnologia muito interessante”, diz.

A Agrotins 2016 termina neste sábado, 7, com mais programação no Espaço Inovar.