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Estado

Foto: Divulgação

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Coordenador da clínica médica do Hospital Geral de Palmas, o médico Hugo Magalhães, 34, afirmou que a iniciativa dos funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nesta segunda-feira, 16, de protestar contra a retenção de macas do HGP é mais uma “prova da grave situação da falta de condição de trabalho” que os profissionais da saúde do Estado enfrentam.

“É a única maneira que os profissionais têm de alertar a população e, consequentemente, cobrar uma posição do governo sobre essas questões que parecem mínimas, mas não são. Isso é melhoria na condição de trabalho de todos nós. Os colegas médicos, bem como as outras categorias, trabalham sob condição inadmissível e não são ouvidos, não têm respaldo”, declarou.

Magalhães fez questão de afirmar que não fala na condição de candidato à presidência do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed), mas, sim, como um profissional da saúde. 

“Não é porque estamos em processo eleitoral que não vou me posicionar como sempre fiz e seguirei fazendo. A falta de maca é só um dos inúmeros e graves problemas que afetam os profissionais no HGP e em todo o Estado. Falta materiais básicos como seringas, luvas, agulhas e muitos outros itens, sem contar medicamentos”, desabafou. 

“O Simed convive com essa situação há anos e pouco faz para mudar.  Está de mãos dadas com o governo no caos da saúde”, comentou.

Onde está o Simed?

Apesar de ressaltar não ter intenção de politizar a questão, Hugo cobrou uma posição do Simed. “Onde está o Simed nessas horas? O que faz, de fato, para cobrar a melhoria dessa situação e de outros problemas? O sindicato deve estar ao lado do profissional e vir a público e mostrar o que está fazendo para proteger os colegas”, comentou.

Conforme apurou junto a funcionários do Samu, o protesto da categoria se deve à falta de macas, que ficam retidas no HGP para atender os pacientes da unidade. “O Estado alega que há necessidade de reter as macas por que não tem leito para acomodar os pacientes. Mas, isso não é de hoje. E, além do paciente mal acomodado e os acompanhantes revoltados com a situação, quem sofre é o médico para realizar o tratamento adequado.”