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Estado

O candidato à presidência do Simed (Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins) pela chapa 2 “Responsabilidade Classista”, Hugo Magalhães, 34, se pronunciou no início da tarde desta terça-feira, 31, sobre os episódios ocorridos pela manhã na sede do sindicato. Foram ao menos duas deliberações judiciais em menos de 12 horas relacionadas ao pleito. A primeira, na noite desta última segunda-feira, 30, determinou a suspensão da eleição. Na manhã dessa terça-feira, 31, o oficial de Justiça foi cumprir a decisão, mas Simed e membros da comissão eleitoral se recursaram a receber e até mesmo acatar a ordem da Vara do Trabalho em Palmas. Posteriormente, a Justiça mandou recolher as urnas paralisando, de fato e de direito, a votação.

“Lamentamos que a eleição da nossa categoria tenha chegado a esse ponto. Para a classe é muito ruim porque quem perde não é a chapa 2 ou a concorrente. Perde a classe, que tem a imagem arranhada”, declarou.  

Para Magalhães, a Justiça só atuou dessa forma porque houve motivos. “Quero que os colegas da nossa chapa, da chapa concorrente e até mesmo os demais reflitam: a Justiça só se manifestou porque a condução da eleição não foi legal, democrática e transparente. Justiça não decide por boato, mas baseada em provas. Se tivesse tudo certo não haveria intervenção da Justiça”, afirmou Magalhães.  

Ele lembrou que o grupo formado para disputar a eleição do Simed desde o início da disputa precisou recorrer à Justiça para garantir seus direitos. “Primeiro tivemos de ir à Justiça para ter o direito democrático de disputar. Conseguimos. Depois, precisamos recorrer à Justiça para ter acesso a uma mera lista de médicos aptos a votar. É muito triste ter recebido esse tratamento”, declarou.

Recomeçar do zero

Com a suspensão do pleito, o candidato de oposição disse que seu grupo espera e está disposto, como sempre esteve, a dialogar com a direção atual do Simed, os membros da comissão eleitoral e os concorrentes para discutir um novo pleito. “Desde o início sempre batemos na tecla que apenas queríamos participar da eleição e que a condução fosse democrática e transparente. Só isso. Por tudo isso que aconteceu já passou da hora de recomeçar do zero e que a gestão atual levante uma bandeira branca para discutirmos, em conjunto, como será a eleição. Isso está na decisão judicial, mas deve ser feita de maneira consensual”, finalizou.