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Polí­tica

Foto: Divulgação

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A deputada federal Josi Nunes (PMDB/TO) usou a tribuna durante o grande expediente da sessão deliberativa dessa terça-feira, 31, para tratar sobre a cultura do estupro no Brasil. Na ocasião, a parlamentar repercutiu o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos ocorrido no Rio de Janeiro. “Foi preciso que as imagens dessa brutalidade sem tamanho vazassem na Internet para que a sociedade parasse, mais uma vez, para discutir a cultura do estupro. Infelizmente, diante deste acontecimento “grotesco”, o que se nota pela maioria dos comentários publicados nas mídias sociais é que a sociedade precisa mudar”, afirmou. 

Para Josi, o costume de querer responsabilizar a vítima pelo estupro precisa ser abolido. “As pessoas têm que entender que o único culpado e responsável pelo estupro é o estuprador! Não importa se a vítima é usuária de drogas, se estava bêbada ou sóbria, se usa short, saia, biquíni ou burca. Não importa se é rica, pobre ou da classe média, se é negra, branca, índia, se é heterossexual, lésbica ou transexual. Não importa! O fato é que nenhuma mulher merece ser estuprada!”, reforçou.

A peemedebista defendeu ainda, a mudança na forma de educar os filhos. “ É necessário que os pais ensinem aos filhos que, mesmo a mulher estando nua, isso não lhe dá o direto de estuprá-la. E mais, é preciso educar os meninos de forma que eles entendam e não se sintam superiores às meninas pelo simples fato de terem nascido homens. Cotidianamente as mulheres convivem com o medo. Enquanto eles têm medo de serem assaltados e perderem seus bens materiais, nós, mulheres, carregamos conosco, o medo de termos os nossos corpos violados. Esse é o nosso maior medo, quando estamos sozinhas em algum lugar”, completou.

Ao finalizar, Josi citou os dados com relação ao número de estupros ocorridos no país. “Uma reportagem publicada recentemente diz que uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no Brasil. E há um grande número de subnotificações, ou seja, a quantidade de mulheres estupradas no Brasil é muito maior. Isso é grave! São dados que nos entristecem, mas que ao mesmo tempo nos faz refletir nas mudanças necessárias para reverter esta triste realidade. Vamos todos lutar! Não a qualquer tipo de violência contra a mulher! ”, finalizou.