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Polí­cia

A Agência Estadual de Metrologia (AEM) prestou esclarecimentos quanto a divulgação de escutas telefônicas por meio da Polícia Civil, em que o diretor de fiscalização do Inmetro, Neyzimar Cabral de Lima e o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto), empresário, Eduardo Augusto Rodrigues Pereira (Duda Pereira), conversam sobre a atuação de um fiscal em posto de combustível de Eduardo, momento em que o presidente do Sindposto faz ameaças ao fiscal. 

A Justiça autorizou a publicação de um áudio entre Eduardo Pereira e o diretor Neyzimar (cujo nome na transcrição das escutas está grafado como Leidimar) onde, segundo a Agência de Metrologia, fica claro a ameaça ao fiscal e pressão ao diretor que se limitou a pedir calma pois poderia determinar outra equipe para trabalhar no estabelecimento numa outra oportunidade. 

Segundo a AEM, numa agenda de trabalho de fiscalizações a diversos postos de combustíveis determinado pelo diretor de fiscalização Neyzimar Cabral, uma equipe se dirigiu a um dos postos de propriedade de Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, em Porto Nacional/TO. "Porém, o fiscal e seu auxiliar foram impedidos de realizar seu serviço e ameaçados publicamente pelo referido senhor", sustenta a Agência de Metrologia. 

No áudio divulgado, o empresário diz a Neyzimar: “ Eu vou lá, eu rebento (sic) com este cara, eu rebento com este cara se ele fechar meu posto Leidimar”. Ao que Neyzimar responde: Duda, eu acho que não precisa disto”. 

Eduardo Pereira está sendo denunciado como suposto mandante do assassinato do senhor Wenceslau Leobas (Wencim) em janeiro desse ano. A Justiça autorizou a publicação de um áudio entre Eduardo Pereira e o diretor Neyzimar mostrando ameaça de Eduardo a um fiscal. "O senhor Eduardo ameaçou nosso fiscal e fez uma pressão em nosso diretor que se limitou apenas a pedir calma pois poderia determinar outra equipe para trabalhar no estabelecimento numa outra oportunidade. Mas deixando sempre claro que as normas seriam cumpridas integralmente", de acordo com a AEM. 

Ainda de acordo com a Agência Estadual de Metrologia, a publicação de áudios nos órgãos de imprensa traz apenas parte do que foi ali falado, dando impressão que Eduardo obteve êxito. Mas, de acordo com a Agência, não teve qualquer efeito a pressão feita. "Como comprovam as autuações realizadas naquele mesmo período e as medidas de proteção aos seus fiscais tomadas pela AEM-TO". 

A Agência fala em "atitudes ameaçadores" aos fiscais. "Atitudes deselegantes e ameaçadoras aos nossos fiscais durante o exercício do trabalho não inibirão nem paralisarão suas atividades. Repito afirmando que a Agência Inmetro continuará fiscalizando todos os postos de combustíveis do Estado, inclusive o do senhor Eduardo, com outra ou a mesma equipe de fiscalização conforme definido em escala de trabalho", segundo a AEM. 

Agência Estadual de Metrologia do Tocantins informou estar a disposição para esclarecimentos que envolvam suas atividades administrativas.