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Campo

Foto: Manoel Junior

Foto: Manoel Junior

As atividades de melhoramento genético nos rebanhos leiteiros foram reiniciadas, no último dia 21, e já percorreram sete municípios, beneficiando mais de 20 propriedades rurais através do Programa de Melhoramento Genético, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e pecuária (Seagro). Em Palmas a ação atenderá dez propriedades com produção leiteira, nesta quarta e quinta-feira, 29 e 30, finalizando as atividades deste mês.

A Seagro está proporcionando os protocolos de inseminação artificial em tempo fixo, como explica a diretora de Pecuária da Seagro, Erika jardim. “A secretaria disponibiliza a empresa que vai até as propriedades e diagnostica as vacas vazias e as vacas que estão aptas a serem trabalhadas e implanta os hormônios. Em contrapartida, o produtor faz o exame de brucelose e adquire o sêmen”, comentou.  

Segundo Erika Jardim, o trabalho tem alcançado resultados satisfatórios, sendo que até agora, desde a implantação do programa, em 2005, mais de 17 mil matrizes foram selecionados, alcançando um índice de sucesso de 50% de prenhez. “É um bom índice, bem considerável, graças à boa seleção das vacas por parte dos produtores, em propriedades que contam com assistência técnica e boa mineralização, e tudo isso contribui para o resultado final,” avaliou.  

Para a diretora, fatores como a qualidade do solo e o manejo são importantes para a produção, mas o melhoramento genético é crucial para quem quer ver resultados abundantes. “A produtividade leiteira chega a 50% a mais em algumas propriedades, isso graças ao melhoramento genético com raças leiteiras”, afirmou.  

Produção

O produtor Sílvio Múcio, produz em média cerca de 300 litros/dia em sua propriedade de 58 hectares, no município de Palmas e já participa do programa há alguns anos. Segundo ele o crescimento da produção através da inseminação artificial é satisfatório e que além de melhorar o rebanho, o programa da Secretaria da Agricultura tem a vantagem de deixar a escolha do sêmen para o proprietário. “Posso escolher, por exemplo, se desejo que a cria seja fêmea ou macho. Outra vantagem é o custo zero, pois a nossa contrapartida é somente com o exame de brucelose e com o sêmen a ser implantado nas matrizes”.

“O custo deste exame é de R$ 10 por cabeça, enquanto o sêmen custa em torno de R$ 20”, explica a diretora Erika Jardim, acrescentando que todas as outras despesas são custeadas pela Seagro.