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Foto: Adilvan Nogueira Thalles usa os pés para pintar e, por meio de gestos, interage com o mundo Thalles usa os pés para pintar e, por meio de gestos, interage com o mundo
  • Atleta Renato recupera movimentos com a prática de tênis de mesa
  • Elizeli (esq.) diz que conquistou seu primeiro emprego graças às atividades na Apae

A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é celebrada, em 2016, entre os dias 21 a 28 de agosto. No Tocantins, as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) comemoram a semana que, neste ano, traz como tema “O futuro se faz com a conscientização das diferenças”.

Com ações artísticas e esportivas, unidades educacionais e profissionais de diversas áreas promovem a integração social e o desenvolvimento motor/cognitivo dos alunos portadores de deficiência. Em Palmas, por meio do Projeto Reviver, a Escola Especial Integração, ligada à Apae, apresenta conquistas e casos de superação alcançados pelas pessoas com deficiência.

A coordenadora do Projeto Reviver na Apae, Soraia Thomaz, informou que são oferecidas diversas atividades e que precisa sempre de mais pessoas voluntárias para contribuir com as ações. “Eu trabalho há muito tempo com ações voltadas às pessoas com deficiência e convido quem tiver interesse em contribuir com estas ações, que façam parte desse trabalho. É muito gratificante”, conclamou.

O estudante Thalles Vinícios Silva é cadeirante e nasceu com uma má formação que impossibilita o movimento das mãos. Ele participa das atividades de pintura oferecidas na unidade educacional e conta que isso o torna muito feliz. A atividade realizada por Thalles é feita utilizando os pés, visto que os movimentos das mãos não permitem segurar o pincel para espalhar a tinta.

O estudante também não fala, mas, com gestos, ele consegue expressar o que sente e percebe ao seu redor. Além disso, Thalles interage muito bem com as pessoas com quem tem contato.

Denilde Gomes de Sousa Monteiro, mãe de Thalles, destaca os avanços do filho e enfatiza que o Projeto Reviver contribui muito para o desenvolvimento do filho. “Ele foi desenganado pelos médicos em Brasília. Os médicos falaram que ele nunca iria ter movimentos nos pés, mas aconteceu o contrário, ele consegue até pintar, como estamos vendo”, disse.

Esportes

Renato Augusto Pereira Casimiro, 15 anos, joga tênis de mesa. Ele participa das atividades do Projeto Reviver desde 2015 e, para sua mãe, Elizabete Pereira de Sousa, as atividades desenvolvidas com o filho têm surtido um efeito extremamente positivo. “As atividades que o Renato participa ajudam muito a melhorar a vida dele, a autoestima, a questão motora, o relacionamento, a interação com as outras crianças e até o desenvolvimento dos músculos, pois ele não pode ficar parado”, pontuou.

Outra atleta é a Marilena Barros Severino, que pratica diversas atividades esportivas sob a supervisão do Projeto na Apae. “Eu gosto de tênis (de mesa), mas prefiro mesmo é a corrida”, disse a atleta que participou de competição nacional de atletismo e ficou na quarta posição.

Perspectiva de futuro

Desta forma, aliando um trabalho eficiente e carinhoso junto às pessoas com deficiência, a Apae e outras entidades que trabalham com esse público vêm promovendo uma conquista cidadã para pessoas que, muitas vezes, não tinham perspectivas para um futuro pessoal e profissional.

Caso de Elizeli Helena Benmuyal da Costa. Além da prática de esportes, a estudante com síndrome de Down participa de outras atividades na unidade educacional e já colhe as conquistas pelo esforço feito. “Eu amo estudar aqui e até tenho um emprego. É o meu primeiro emprego na vida”, celebrou a aluna, que trabalha em uma grande rede de lojas na Capital.