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Saúde

Foto: Luciana Barros

Foto: Luciana Barros

O Hospital Geral de Palmas (HGP) é referência no Tocantins no atendimento de alta complexidade e recebe grande demanda de pacientes todos os dias. Para diminuir a quantidade de pessoas que dão entrada no HGP, desde agosto deste ano a unidade dispõe de médicos no setor de acolhimento e classificação de risco. O HGP registrou em 2015 o total de 12.561 internações, já este ano, de janeiro até o fim outubro, foram mais de 10 mil. Somente na urgência e emergência já foram  aproximadamente 6.500 atendimentos de agosto a outubro.

Atualmente o atendimento médico do acolhimento e classificação de risco funciona da seguinte forma: são atendidos todos os pacientes classificados como verdes e azuis, que apresentam quadro sem gravidade. Após o primeiro atendimento médico, os pacientes são orientados e encaminhados para a unidade de saúde mais apropriada para que possa resolver o problema e também contar com auxílio de uma equipe multiprofissional. 

Para o diretor geral do HGP, Daniel Hiramatsu, o objetivo é atender aos pacientes por meio de uma equipe multidisciplinar de forma segura e eficiente, orientando em relação à rede de atenção à saúde e evitando internações desnecessárias no HGP. “68% dos pacientes que procuram o serviço do pronto socorro do hospital não possuem doenças graves, sendo passíveis de atendimento ambulatorial através de consultas marcadas. Neste novo serviço os pacientes são atendidos e orientados e o HGP terá uma redução significativa das internações desnecessárias, visto que, diariamente, 50 pacientes, em média, são atendidos e encaminhados para unidades de saúde sem a necessidade de internação hospitalar”, explicou.

A médica clínica geral, Gabriela Pereira, explica sobre os atendimentos diários no setor de acolhimento do HGP. “Recebemos muitos pacientes encaminhados das Unidades de Pronto – Atendimento (UPA), geralmente pedimos um parecer e avaliação do especialista, com isso, se tiver necessidade do paciente ficar internado, este permanece na unidade, caso contrário, é liberado com medicação e todas as orientações que necessita. No caso de internação, o paciente já entra no hospital orientado sobre quais os procedimentos serão realizados no serviço. Muitos  casos que poderiam ser resolvidos nas Unidade Básicas de Saúde (UBSs)  chegam ao HGP e liberamos o paciente sem a necessidade de permanência prolongada no serviço. Há outros casos de pacientes que necessitam de avaliação de especialistas. Nestes casos, em vez de ficar internado, avisamos o especialista que o usuário está aguardando”, ressaltou.

Sobre acolhimento e classificação de risco

O acolhimento é considerado uma escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Já a classificação de risco é um dispositivo da Política Nacional de Humanização (PNH), ou seja, uma ferramenta de organização da "fila de espera" no serviço de saúde, para que os usuários que mais necessitam sejam atendidos com prioridade e não por ordem de chegada.