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Polí­tica

Foto: Divulgação

A senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) usou sua rede social Twitter para comentar o levantamento realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) a qual coloca o Estado do Tocantins em segundo lugar entre os estados brasileiros com maior índice de recebedores suspeitos do Bolsa Família. Para Kátia, pela grandeza do programa, apenas 6% significa sucesso. "Se tivermos apenas 6% de distorções no Programa Bolsa Família significa um sucesso. Todo rigor para o bom funcionamento do Programa".

Muitos criticam o programa Bolsa Família e chegam a tachar os recebedores da bolsa de preguiçosos. De acordo com a senadora Kátia Abreu, o pobre é quem paga mais imposto e ser pobre significa falta de oportunidade. "Ser pobre não significa ser preguiçoso, significa falta de oportunidade. Omissão do Estado. Os pobres pagam imposto indireto no consumo. Alguns pensam que pobre não paga imposto. São os que mais pagam porque são a maioria. Maioria que mais consome e portanto mais paga".

De acordo com a senadora, o Bolsa Família é proteção social, garantida na Constituição. "É proteção social garantida na constituição de 88 e não pelo PT. Está campanha sórdida contra o Bolsa Família e a proteção social é desta elite falida e preconceituosa. Não sou de esquerda mas sou humana", comentou.

Estudo 

O Raio-X do Bolsa Família, divulgado pelo Ministério Público Federal – MPF, na sexta-feira, 11, levanta suspeitas de pagamentos irregulares a mais de 870 mil beneficiários do programa em todo o Brasil, entre janeiro de 2013 e março de 2016. Isso significa que dos R$ 86 bilhões pagos pelo Programa Bolsa Família nesse período, cerca de R$ 3,3 bilhões foram destinados a perfis de beneficiários suspeitos de não cumprir os requisitos mínimos estabelecidos pelo governo federal para recebimento do benefício.

O levantamento do MPF, coloca o Tocantins em segundo lugar entre os estados brasileiros com maior índice de recebedores suspeitos do Bolsa Família. Foram 16.975 beneficiários identificados com perfis que não correspondem às exigências do governo federal, o que representa aproximadamente 6,5% do total de pessoas que receberam o beneficio no período analisado. Caso se confirme essas irregularidades, o prejuízo para os cofres públicos pode chegar a R$ 57.138.540,00, só no Tocantins.

Em Palmas, dos mais de R$ 60 milhões pagos aos beneficiários do Bolsa Família, cerca de R$ 5,5 milhões foram destinados a pessoas com perfis suspeitos, o que representa cerca de 9% dos valores recebidos. Esse quadro coloca Palmas em primeiro lugar entre as capitais com maior índice percentual de valores pagos a perfis suspeitos.