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Meio Ambiente

Foto: Fernando Alves Seminário contou com pesquisadores de cinco países Seminário contou com pesquisadores de cinco países

O seminário regional sobre o Manejo Integrado do Fogo no Tocantins – Resultados do Projeto Cerrado-Jalapão, promovido pelo Governo do Estado por meio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) teve sequência nessa quarta-feira, 23, no câmpus da Universidade Federal do Tocantins (UFT), de Gurupi. O evento contou com a participação de pesquisadores de cinco países e resultou em mais de 20 palestras, que abordaram os diversos usos do fogo pelas comunidades rurais do Estado e ainda de outros países.

O técnico em Extensão Rural do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Wandro Gomes, abordou as Alternativas de renda ao Uso do fogo, quando o Instituto desenvolve ações que englobam o uso racional do fogo junto aos produtores rurais. Dentre as atividades, o órgão trabalha com apicultura e a meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão, como tiúba, uruçu amarelo, tubi e jataí. “O Estado oferece apoio na implantação da Casa do Mel. Nova Olinda foi o município que teve a primeira associação de produtores de mel e adquiriu o selo de inspeção estadual (SEE), que permiti a comercialização dos produtos resultantes da apicultura no Estado”, apontou. 

Na sequência, o pesquisador da 321 Fire, Moçambique, Robin Beatty, ministroupalestra sobre os Principais aprendizados após três anos de planejamento e implantação do MIF no Tocantins.  A professora da Universidade de Brasília (UNB), Isabel Schmidt, relatou sobre os Efeitos de diferentes regimes de fogo sobre a vegetação esobre os Usos locais do fogo no Jalapão: contribuições para o MIF. 

Na região do Jalapão o Projeto Cerrado-Jalapão realiza inúmeras atividades com as comunidades locais. O morador de comunidade Boa Esperança e agente do MIF, Adão Ribeiro Cunha, contou o que mudou após a implantação do MIF. “Antes a nossa relação com a com a sede do Parque Estadual do Jalapão não era muito boa, devido à pressão sobre a implantação do fogo zero. O que é praticamente impossível. Nós sabemos que o cerrado é nosso companheiro. E por isso que com as atividades desenvolvidas pelos servidores do Parque junto às comunidades, fomos compreendendo o valor dessa parceria, e hoje existe uma grande relação de confiança entre nós”, considerou.

Durante o Seminário os participantes foram surpreendidos pelos acadêmicos do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo (CEMAF), câmpus da UFT, de Gurupi que fizeram uma apresentação teatral do uso do fogo e dos conflitos ocorridos ainda na Idade da Pedra.

Implementação

O encerramento do Seminário foi marcado com mesa redonda formada por  representes da comunidades inseridas no Projeto e também por representantes do Ibama, ICMbio, Ruraltins e Naturatins. Momento que realizaram diversas interpretações do Manejo Integrado do Fogo e de que forma o termo “I” - Integrado resulta na implementação de ações efetivas no campo. E ainda como o “I” pode ser respaldado por políticas, normas e procedimentos que garantam a continuidade do sucesso do Projeto e ampliação do MIF no estado do Tocantins. Ao final o grupo alinhou os encaminhamentos para realizar a institucionalização da estratégia do MIF no  Tocantins.

Para presidente do Naturatins, Herbert Brito Barros (Buti), um Seminário dessa magnitude, tem uma importância muito grande em função da profundidade da discussão do fogo no meio ambiente. “O Governo do  Estado é um parceiro muito forte do Governo da Alemanha. E a parceria com o Projeto Cerrado-Jalapão está contribuindo bastante para que  possamos chegar ao controle mais eficaz do uso do fogo. Esperamos que a parceria deste projeto como o Governo do Tocantins e com o Governo brasileiro também continue”, salientou.