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Meio Ambiente

A cartilha é o primeiro material educativo sobre o Manejo Integrado do Fogo no Tocantins.

A cartilha é o primeiro material educativo sobre o Manejo Integrado do Fogo no Tocantins. Foto: Divulgação Naturatins

Foto: Divulgação Naturatins A cartilha é o primeiro material educativo sobre o Manejo Integrado do Fogo no Tocantins. A cartilha é o primeiro material educativo sobre o Manejo Integrado do Fogo no Tocantins.

Com o objetivo de oferecer suporte aos gestores municipais e comunidades locais, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e o WWF-Brasil lançaram a cartilha do Manejo Integrado do Fogo (MIF), com a apresentação de conceitos e as estratégias para a gestão do fogo. A cartilha pode ser acessada no final desta matéria.

O MIF é uma prática consolidada nas unidades de conservação estaduais e ferramenta essencial para a conservação da biodiversidade. Conforme levantamento da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas (Dbap), houve em 2023 redução do número de incêndios florestais nas Unidades de Conservação geridas pelo órgão ambiental e aumento do número de queimas prescritas.

Planejamento 

O Manejo Integrado do Fogo compreende diversas etapas, sendo a prevenção/educação, preparação/prontidão, supressão/resposta e pós-fogo. A participação social é crucial para um manejo responsável, pois leva em consideração a cultura tradicional e a promoção de boas práticas.

A prática associa aspectos ecológicos, socioeconômicos e técnicos para integrar ações de controle de queimadas, prevenção e combate a incêndios florestais.

O gerente das Unidades de Conservação, Rodrigo Sávio, explica que a cartilha é o primeiro material educativo sobre o MIF no Tocantins e tem o objetivo de auxiliar gestores públicos e comunidades sobre a gestão do fogo, informar sobre os ecossistemas dependentes e os sensíveis ao fogo, e as necessidades socioeconômicas de cada localidade. “O MIF [Manejo Integrado do Fogo] considera benefícios e danos para diferentes ecossistemas, é uma série de decisões técnicas e ações para prevenir, controlar ou usar o fogo em um território determinado.  O Cerrado brasileiro depende do fogo para funções importantes, como a frutificação de espécies vegetais e atividades econômicas importantes, como a agricultura e a pecuária. O envolvimento das comunidades locais é fundamental para a implementação bem-sucedida do MIF”, detalhou.

Redução de incêndios

O resultado das ações do MIF em 2023, conforme relatório apresentado pela Dbap, aponta que a estratégia impacta em uma maior conscientização das comunidades localizadas nas unidades de conservação e no entorno delas, sobre a importância do manejo do fogo como ferramenta para conservar e preservar o meio ambiente e evitar grandes incêndios.

Executadas pela Brigada Gavião Fumaça, as atividades do MIF resultaram em 261 queimas prescritas em 2023, contra 255 realizadas em 2022; e 156 combates a incêndios florestais, contra 249 em 2022. Composta por 72 brigadistas, a Gavião Fumaça executou 649 ações de apoio às comunidades locais, 48 reuniões sobre o MIF, 38 ações de recuperação de áreas degradadas e 384 ações de ronda monitoramento dentro das unidades de conservação que receberam, ao longo do ano, mais de 54 mil visitantes. (Secom/TO)