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Estado

O governador Marcelo Miranda presta depoimento desde o final da manhã de hoje, 28, para a Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF), na sede da Justiça Federal. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell acompanha o depoimento. 

O pai do governador Marcelo Miranda, Brito Miranda, está entre os que foram levados coercitivamente para prestar depoimento à PF. O ex-governador Siqueira Campos também foi conduzido, na condição de testemunha. Segundo a assessoria de Siqueira, ele não é investigado no caso e está à disposição da Justiça e da PF para prestar qualquer esclarecimento. 

A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, a Operação Reis do Gado, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava no Estado do Tocantins praticando crimes contra a administração pública e promovendo a lavagem de capitais por meio da dissimulação e ocultação dos lucros ilícitos no patrimônio de membros da família do, segundo a PF, governador do Estado, Marcelo Miranda. O grupo é acusado de movimentar mais de R$ 200 milhões em lavagem de dinheiro. 

Ao todo estão sendo cumpridos 108 mandados judiciais expedidos pelo STJ sendo, 8 mandados de prisão temporária, 24 de condução coercitiva e 76 de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Araguaína no Tocantins, Goiânia/GO, Brasília/DF, Caraguatatuba/SP Canãa dos Carajás, Redenção, Santa Maria, São Felix do Xingu e Sapucaia/PA. Entre os que já foram presos está o irmão do governador Marcelo Miranda, José Edimar de Brito Miranda Júnior, que foi preso em Goiânia e está sendo transferido para Palmas, onde será encaminhado à Casa de Prisão Provisória. 

A investigação apontou um esquema de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do chefe do executivo estadual, que teria gerado enorme prejuízo aos cofres públicos. As autoridades identificaram, até o momento, um montante de mais de 200 milhões de reais efetivamente lavados. 

Segundo a PF, a ocultação do dinheiro desviado ilicitamente era feita por meio de transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado. Parte do valor teve por destino a formação de caixa dois para campanhas realizadas no Estado. 

Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva, fraudes à licitação e organização criminosa. (Matéria atualizada às 16h27min)