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Polí­cia

Foto: Dennis Tavares As drogas vinham de Goiânia e eram armazenadas em tonéis subterrâneos As drogas vinham de Goiânia e eram armazenadas em tonéis subterrâneos

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), conjuntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco/MPTO), deflagrou nesta quarta-feira, 21, a Operação Horus, que desarticulou uma das maiores organizações de tráfico de drogas do Tocantins.

Foram expedidos 59 mandados judiciais, dentre eles 21 mandados de prisão preventiva, 19 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão em Palmas e no interior do estado, além de outras cidades nos Estados de Goiás, Sergipe e Bahia.

As investigações começaram há doze meses, quando foi preso Antônio Gomes Boaventura, em Paraíso, acusado de ser o chefe da quadrilha. De acordo com o delegado titular da Denarc, Guilherme Rocha, ao longo deste ano, estima-se que a organização criminosa tenha movimentado quase quatro toneladas de drogas no Estado, sendo que a Polícia Civil conseguiu apreender 268 quilos de maconha, 19,85 quilos de crack e 2,35 quilos de cocaína.

A articulação da organização criminosa

O delegado titular da Denarc conta que, além de Antônio Gomes Boaventura – que atualmente encontra-se recolhido na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) - o grupo criminoso contava com pelo menos outras 40 pessoas. “As drogas vinham de Goiânia e eram armazenadas em tonéis subterrâneos em uma propriedade rural de Antônio, localizada em Porto Nacional. De lá, ela era distribuída na Capital e outros municípios do interior do Estado”, afirma o delegado.

A partir de ações pontuais no decorrer do ano e prisões de algumas pessoas, a Polícia Civil pôde fazer conexões e ligações que identificaram os membros da organização. “O grupo era bem organizado e cada um dos integrantes atuava em distintas partes na ação criminosa, tais como núcleo financeiro, núcleo de transporte, núcleo de segurança armada e núcleo de armazenamento e venda”, comenta o delegado.

Cada um dos membros atuava em um ou mais núcleos, sendo que todos eram coordenados por Antonio, segundo o delegado. “As drogas eram vendidas em todas as regiões de Palmas, para todas as classes sociais”, completa o delegado.

Ação conjunta da Polícia Civil e Ministério Público

De acordo com Delegado-Geral de Polícia Civil do Tocantins, Claudemir Ferreira, a efetividade da operação deu-se graças à atuação conjunta da Polícia Civil e do MPTO, por meio do Gaeco. “A intenção é fortalecer ainda mais a parceria com o Ministério Público, fortalecer nossas unidades especializadas e também as delegacias circunscricionais, aumentando o efetivo e, de modo geral, combater não só o narcotráfico, mas a criminalidade, como um todo, no Estado”, afirma o delegado.  

Para o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco/MPTO, Marcelo Sampaio, os trabalhos de investigação obtiveram sucesso graças ao compartilhamento de informações entre o MP/TO e a Polícia Civil. Para chegar até os envolvidos, foram analisados áudios interceptados, empreendidas diligências de campo, além da realização de pesquisa no banco de dados do laboratório de lavagem de dinheiro do MPTO. “Essa parceria resultou em um duro golpe contra a organização criminosa. Só com instituições articuladas o crime pode ser combatido”, completa o promotor.

A operação ocorreu com apoio da Diretoria de Inteligência da SSP, Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote), Delegacia Especializada em Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (Derfrva), 4ª e 5ª Delegacia de Polícia de Palmas, Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Palmas, Gurupi e Araguaína (Deic, Deic Sul e Deic Norte), Delegacia de Polícia de Cristalândia, 2ª Delegacia de Polícia de Porto Nacional, 7ª Delegacia Regional de Colinas (7ª DRPC) e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).