Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

Foto: Divulgação

Representantes de órgãos públicos e entidades de Araguatins estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira, 23, com o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Major PM Valdeonne Dias da Silva, no auditório do quartel a fim de tratar sobre a Reintegração de Posse a ser realizada na fazenda Água Amarela, ocupada há alguns dias por um grupo de Trabalhadores Sem Terra, ligados à Frente Nacional de Luta (FNL).

No acampamento, denominado “Fidel Castro”, localizado no povoado Água Amarela, à margem da rodovia Transamazônica, BR 230, altura do km 136, em Araguatins, estão acampadas mais de 80 famílias.

A reunião organizada pelo major Valdeonne com base no Manual de Diretrizes Nacionais para a Execução de Mandados Judiciais de Manutenção e Reintegração de Posse Coletiva, expedida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, contou com a presença do chefe da Unidade Avançada do INCRA, Valdiné Reis de Sousa, do prefeito de Araguatins, Cláudio Carneiro Santana, acompanhado das secretárias de Saúde e Ação Social do município.

Também participaram o presidente do Conselho Tutelar do município, Oficial de Justiça, comandante do Pelotão de Polícia Militar Ambiental, Ministério Público, Defensoria Pública, representantes da fazenda invadida administrada pela empresa Fergumar e José de Ribamar, líder do movimento, representando os acampados.

O major Valdeonne deu início à reunião enfatizando: “caso não haja acordo na desocupação do imóvel, ora em litígio, o comando do Batalhão fará o cumprimento do mandado de Reintegração de Posse conforme as diretrizes já estabelecidas”, porém, afirmou acreditar na resolução pacífica e consensual no sentido da saída voluntária dos ocupantes. Vários representantes fizeram uso da palavra.

Na reunião o líder do movimento, José Ribamar, afirmou que até o início da noite de amanhã, terça-feira, 24, desocupará o imóvel. Na manhã da próxima quarta-feira, 25, a PM acompanhará o oficial de Justiça para a verificação da desocupação.

No acampamento Fidel Castro, a PM chegou a apreender duas espingardas de fogo, tipo “por fora” e um animal silvestre abatido. Ninguém chegou a ser preso.