Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­cia

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

José Marcos de Lima, um dos acusados pelo assassinato do empresário Wenceslau Gomes Leobas, o "Vencim",  foi encontrado morto por volta das 10 horas da manhã desta sexta-feira, 3, no corredor da Ala 3, do Pavilhão B, na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). A informação foi repassada pela Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça (Seciju). 

Ainda segundo a Secretaria, o Instituto Médico Legal (IML) e a Delegacia de Homicídios foram acionados para apurarem as circunstâncias da morte de José Marcos e destacou que foi aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar os possíveis autores do ocorrido. 

José Marcos de Lima e Alan Sales Borges, os dois acusados de executarem Vencim, dono de uma rede de postos de combustíveis em Porto Nacional e região, iriam a juri popular, de acordo com decisão proferida no último dia 26, favorável a pedidos do Ministério Público Estadual (MPE). 

O Crime 

O crime ocorreu na cidade de Porto Nacional, em janeiro de 2016, causando grande comoção na comunidade local. O crime teria sido motivado por interesses financeiros, já que Wenceslau Gomes estava instalando um posto de combustíveis em Palmas/TO, onde praticaria preços inferiores aos de seus concorrentes, entre os quais estava o então presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto) à época, acusado de ser o mandante do crime.

Consta na acusação que a dupla teve como promessa de pagamento pelo homicídio o valor de R$ 350 mil. De acordo com o promotor de Justiça Abel Leal, Wenceslau Gomes já possuía um posto de combustíveis em Porto Nacional, no qual os preços são inferiores aos cobrados na cidade. Por esse motivo, ele teria sido procurado anteriormente por Eduardo Pereira (então presidente do Sindiposto e proprietário de postos de combustíveis em Porto Nacional e Palmas), que teria proposto um esquema de alinhamento de preço para anular a concorrência e aumentar a margem de lucros. Segundo o MPE, Wenceslau Gomes teria rejeitado a proposta.

Tempos depois, após “Vencim” dar início à instalação de um posto de combustíveis na Capital, o então presidente do Sindposto teria passado a ameaçá-lo de morte. As ameaças teriam se intensificado na semana anterior ao homicídio.

Em junho de 2016, o Poder Judiciário aceitou a denúncia do MPE contra o empresário Eduardo Pereira. O processo contra o ex-presidente do Sindposto tramita separadamente ao dos supostos executores e tem audiência de julgamento prevista para o mês de maio deste ano.