Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: Valdo França 13º Reunião Doenças de Chagas e Leishimaniose Visceral anexo I 13º Reunião Doenças de Chagas e Leishimaniose Visceral anexo I

Segue até o dia 24 deste mês, no Anexo I da Secretaria de Estado da Saúde, o 13º ciclo de reuniões para debater com os 139 municípios do Tocantins as ações desenvolvidas e planejar as atividades de 2017 no que tange ao combate, prevenção e tratamento da doença de chagas e leishmaniose visceral. De 06 a 08 de março serão atendidas as 24 cidades da região de saúde do Bico do Papagaio, que, entre outros assuntos, debaterão o papel da atenção básica na vigilância e controle das doenças, vetores e orientações sobre processos de trabalhos das atividades estratégicas.

Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica das Doenças Vetoriais e Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde, Mary Ruth Batista da Glória, a 13ª reunião é determinante para as ações a serem trabalhadas nos municípios. "É quando ocorre muita troca de experiência e aprendizado. Precisamos trabalhar a prevenção e controle destas doenças e por isso precisamos fazer com que a esfera municipal e estadual se unam e desenvolvam ações para diminuição de os casos”, afirmou.

Para evitar mais casos das doenças, a responsável pela Área Técnica Estadual da Doença de Chagas, Anália Gomes, enfatiza a importância da participação dos gestores e coordenadores municipais. “É uma oportunidade para alinharmos o planejamento de ações de vigilância dos 139 municípios do Estado e, desta forma, alcançar as metas que serão estabelecidas para o trabalho de controle da transmissão da doença de chagas”, completa Anália.

Coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município de Axixá, Laís Milhomem Casimiro, destaca que as reuniões acrescentam muito. “É como uma reciclagem para a gente que fica o ano todo envolvida e principalmente para quem começa agora nestas atividades. O município tem casos de leishmaniose e de doença de chagas, por isso torna-se imprescindível que nossos técnicos estejam capacitados para o manejo”.

Convidado especial para palestrar na reunião, o infectologista e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Alberto Novaes, ressaltou a mobilização que o Estado do Tocantins faz em torno da doença de chagas e o planejamento estratégico no combate. “Estamos debatendo uma doença milenar que ainda é muito silenciosa e é um importante problema de saúde pública que deve ser enfrentado. Esta mobilização conjunta envolvendo Estado e Municípios é de suma importância para que se tenha um combate mais efetivo, apesar de termos apenas duas fórmulas farmacológica de tratamento”, afirmou.

Ainda segundo Novaes, o fortalecimento das redes de atenção primária é fundamental para o combate. "Pensar de forma inovadora, aproveitando ações para atingir o máximo de objetivos, deixar de ser cada um no seu quadrado, pensar no nosso, e alinhar ações que compreendem o maior número de endemias possíveis é o mais importante”, reforçou.

Casos

No Tocantins, em 2016 foi registrado um caso de doença de chagas agudo e 233 novos casos de leishmaniose visceral em humanos. Neste ano de 2017, ainda não houve notificações para doenças de chagas e registrou-se 11 casos de leishmaniose visceral.

Reuniões

O 13º ciclo de reuniões segue até dia 24. Nos dias 8, 9 e 10 serão recebidos os municípios da região de saúde Médio Norte Araguaia; dias 13, 14 e 15 região da Ilha do Bananal; 15, 16, 17 regiões Amor Perfeito e Sudeste; dias 20, 21 e 22, região Cerrado Tocantins Araguaia e dias 22, 23 e 24, regiões Capim Dourado e Cantão.

Leishmaniose e Doença de Chagas

O acondicionamento correto do lixo e a manutenção da limpeza de áreas habitadas são as principais formas de prevenção do calazar, como também é conhecida a leishmaniose visceral. Isso porque o mosquito palha, vetor da doença, usa material orgânico em decomposição, como folhas, galhadas, lixo orgânico e fezes de animais para colocar ovos. 

Doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, a doença de chagas pode ser transmitida pelo consumo de alimentos contaminados com fezes do barbeiro (vetor da doença) ou pelo sangue de portador da doença, seja na gestação ou no parto (transmissão vertical), através de transfusão de hemoderivados ou transplante de órgãos ou através do contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado. Entre os principais sintomas da doença estão o inchaço da face ou de membros, manchas na pele, aumento anormal do fígado, taquicardia, sinais de insuficiência cardíaca e manifestações hemorrágicas.