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Foto: Divulgação

Maior Projeto de Fruticultura Irrigado da região Norte do Brasil, Distrito Irrigado Manuel Alves (DIMA), em Dianópolis/TO, com 8 anos de funcionamento, tem a estimativa de gerar o faturamento de R$ 12 milhões em 2017. Cerca 84,15% dos lotes de pequenos produtores estão ativos, equivalente a 85 dos 101 dos lotes já entregues pelo Governo de um total de 199, e 28.5% dos lotes empresariais, 04 dos 14 lotes, ainda falta a licitação de um lote empresarial. Esta segunda parte adquiriu condições plenas de uso apenas em julho de 2016, quando foi instalada energia elétrica no setor.

Segundo o gerente do Dima, o engenheiro agrônomo Patrik Diogo Antunes, a expectativa é que em 2017 o faturamento da produção cresça entre 40 e 50% com relação ao ano de 2016. “Pode chegar a 1 milhão de reais por mês”, informou.

Em 2016, o setor da agricultura foi o segundo maior contribuinte do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em Dianópolis, ficou atrás apenas do setor de Transportes. Conforme dados da Secretaria da Fazenda do Estado, no ano passado, Dianópolis arrecadou com a atividade, R$ 296.634,37 (duzentos e noventa e seis mil, seiscentos e trinta e quatro centavos reais e trinte e sete centavos).

Atualmente, a maior da produção no projeto está entre as culturas da banana, abacaxi e abóbora. Os produtores do Perímetro Irrigado apostam agora no cultivo da manga da variedade Palmer. “A plantação já abrange uma área superior 120 hectares” informou o gerente. Segundo ele, o maior investidor do projeto de fruticultura irrigado, o Grupo Agropecuário Pilatti, possui 230 hectares de plantação de banana em expansão. “Com colheita atual de 500 toneladas por mês, sendo comercializadas nos Estados do Pará, Maranhão, São Paulo, Rios de Janeiro, Paraná, Goiás e Distrito Federal”, informou.

Parceria

A Prefeitura de Dianópolis por meio da Secretaria Municipal de Obras firmou convênio com o Dima para revitalização das estradas que dão acesso aos lotes. Nos dias 25 e 26 de março a prefeitura disponibilizará a máquina para início dos reparos. Em contrapartida o Dima vai arcar com a diária e alimentação do operador, 50% por cento combustível e lâmina para a máquina.

Em ofício encaminhado à prefeitura, o Conselho de Administração do Dima, alegou que desde que o projeto foi concluído em 2008, nunca houve reparos nas vias de acesso aos lotes, apesar das várias solicitações feitas às gestões anteriores. “Não fomos atendidos e sequer nos foram encaminhados qualquer espécie de resposta, o que demonstrou um enorme descaso com o Projeto”, relatou o presidente do Dima, Eloi Pillati ao destacar a importância e contribuição do Projeto para Dianópolis.

O prefeito Padre Gleibson Moreira Almeida (PSB) esteve no local para tomar conhecimento da realidade e discutir com os produtores as formas de contribuição da parte da prefeitura. “Nosso desejo é contribuir com aquilo que está ao nosso alcance e é de competência da prefeitura para que população de Dianópolis tenha retorno efetivo daquilo que é produzido aqui em nosso território” afirmou o prefeito.

É a primeira vez desde 2008 que as vias vão receber reparos e o Projeto firma parceria com a Prefeitura de Dianópolis.

O Dima também solicitou à prefeitura colaboração no transporte de funcionários a partir de Dianópolis. O Projeto tem capacidade para 1.000 empregos formais e atualmente tem apenas 200 trabalhadores com carteira assinada. 80% dos empregos não estão ativos por dificuldade com o transporte de pessoas por um percurso de aproximadamente 30 km. Na época da colheita são oferecidos entre 1.500 e 2.000 empregos temporários.

A prefeitura se comprometeu a contribuir a partir do momento em que a frota de ônibus for recuperada. No momento, os ônibus em uso atendem a rota escolar, haja vista que boa parte do maquinário da prefeitura foi encontrada sem condições de uso no início da gestão. Aos poucos tem sido revitalizado.