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Saúde

Foto: Divulgação

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Em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, lembrado nesta próxima sexta-feira, dia 24, o Governo do Estado reforça a importância de a população estar atenta aos sinais e sintomas da doença e a procura pelos serviços de saúde. A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria (mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch) que afeta principalmente os pulmões, podendo afetar outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges.

“A data vem para lembrar a população de que essa doença existe e deve ser tratada. Tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, suor noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, fraqueza e prostração são os sintomas da tuberculose. Também aproveitamos o momento para mobilizar os profissionais quanto a busca ativa de novos casos e a realização de exames de escarro”, destaca Myria Coelho Adati Guimarães, assessora técnica da Área de Tuberculose.

Além desta mobilização, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Área de Assessoramento de Tuberculose, tem desenvolvido ações para fortalecer as estratégias de controle da doença, como a Pesquisa de Sintomáticos Respiratórios (SR) 2017 realizada pelas equipes de saúde da família, através dos agentes comunitários de saúde. A pesquisa visa o diagnóstico precoce da doença, distribuição de material educativo aos 139 municípios, assessoria aos programas municipais de controle da tuberculose, treinamento em serviço nos municípios e monitoramento e avaliação dos indicadores epidemiológicos e operacionais.

No Tocantins, o Programa de Controle da Tuberculose tem ações descentralizadas na Atenção Básica, com apoio nas referências hospitalares do Hospital Geral de Palmas (HGP), Hospital de Doenças Tropicais, em Araguaína (HDT), nos Núcleos de Vigilância Hospitalar, Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen) e laboratórios municipais públicos e conveniados.

A campanha

A campanha contra a tuberculose acontece em nível nacional com o lançamento oficial em Brasília/DF, momento em que será apresentado o Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. “A partir do lançamento a orientação é que ações de vigilância propostas nos municípios ocorram por todo mês de março e abril, conforme estrutura de cada cidade. Já enviamos informes técnicos, incluindo modelo de relatório das ações realizadas na campanha 2017, que deve ser enviado para a Área de Assessoria de Tuberculose, após a realização das atividades”, informou a assessora técnica Myria Coelho.

Prevenção

Para a prevenção, utiliza-se a vacina BCG, prioritariamente indicada para crianças de 0 a 4 anos não vacinadas, com obrigatoriedade para menores de 1 ano. A prevenção também inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), até o dia 1º de março foram registrados 13 casos de tuberculose no Tocantins. Em 2016 foram 171 casos, em 2015 foram 163, em 2014 foram 156 e em 2013 foram 171 casos.

Transmissão

A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa pra pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Em torno de 10% dos infectados pelo bacilo de Koch desenvolvem a doença.

Pessoas vivendo com HIV/Aids, pessoas privadas de liberdade, indígenas, pessoas com diabetes, com insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes, usuários de álcool e outras drogas/tabagistas formam grupo vulnerável, propenso a contrair a tuberculose.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo exame do escarro, chamado de baciloscopia de escarro, pela cultura para BK (Bacilo de Koch) ou pelo Teste Rápido Molecular pra Tuberculose/TRM-TB, totalmente gratuito. Outros exames podem auxiliar no diagnóstico como: raio X de tórax, teste tuberculínico, histopatológico.

Tratamento

O tratamento deve ser feito por um período de no mínimo de seis meses, sem interrupção e diariamente. São utilizados quatro fármacos para o tratamento com esquema básico: Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol nos dois primeiros meses e Rifampicina, Isoniazida nos quatro meses restantes.

Os medicamentos possuem apresentação na modalidade de Dose Fixa Combinada, ou seja, os quatro medicamentos na primeira fase (2 meses) estão combinados num único comprimido e os 2 medicamentos na segunda fase (4 meses) estão combinados num único comprimido. De acordo com o peso do paciente, calcula-se a quantidade de comprimidos a serem ingeridos.

O tratamento é gratuito e está disponível em toda a rede básica e hospitalar do Estado.