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Polí­tica

Foto: André Lima Manifestantes caminham em direção ao Congresso Manifestantes caminham em direção ao Congresso

Na avaliação das centrais sindicais e movimentos sociais, a marcha "Ocupe Brasília", ocorrida nesta quarta-feira (24) e contrária às reformas Trabalhista e da Previdência, foi um sucesso e contou com a adesão maciça da população. De acordo com os organizadores, a previsão de cem mil pessoas nas ruas foi superada com tranquilidade e o recado ao Congresso e ao Palácio do Planalto foi dado. O presidente Michel Temer também foi alvo de críticas, com pedidos de renúncia do seu mandato, atrelando seu nome às denúncias de propina delatadas pelos sócios da empresa JBS. Lideranças sindicais reúnem-se hoje à noite para avaliar a possibilidade de uma nova Greve Geral, que promete ser maior que a realizada em abril.

Para José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e um dos organizadores da marcha, a população aderiu aos movimentos por sentir a falta de uma maior representação dentro do governo. “Apesar de alguns focos de tensão, os protestos foram pacíficos. Ficamos orgulhosos em ver vários setores da sociedade civil organizada juntos, numa só bandeira suprapartidária. Tentamos de todas as formas mostrar ao presidente Michel Temer e ao deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, o quão prejudicial essas reformas são para o País, mas eles não quiseram nos ouvir. Essas atitudes mostram total insensibilidade e falta de diálogo com o povo brasileiro. Se eles não nos ouvem, nos resta protestar”, afirma Calixto.

O sindicalista também coloca que a “Ocupe Brasília” foi um primeiro passo para novos protestos, ainda sem datas definidas, mas que já tem a adesão de boa parte dos setores dos diversos sociedade. “Se o Congresso e o Governo não se sensibilizarem, vamos fazer uma paralisação maior ainda", defende o presidente da NCST.

"A tentativa de desmonte dos direitos trabalhistas está escancarada, é só vermos todas as medidas que o governo vem tomando nos últimos anos. Essas reformas propostas visam implantar o estado mínimo e acabar com o estado de bem-estar social que temos hoje, colocando o trabalhador para pagar toda a conta dessa crise. Como sempre, colocam a população para pagar por um erro que não é seu e não iremos permitir esse tipo de postura. As manifestações e eventos iguais a este irão continuar por todo o Brasil", completa Moacyr Roberto Tesch Auersvald, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade e dirigente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).