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Estado

Foto: Divulgação

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Tocantins (Sindifiscal) somou à massa de trabalhadores, cerca de 200 mil pessoas, em frente a esplanada dos ministérios em Brasília/DF, nas manifestações contra as reformas trabalhista e da previdência, que ganharam proporções ainda maiores com a revolta gerada pelos escândalos de corrupção envolvendo o governo Temer. Junto a Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Fesserto), a diretoria do sindicato acompanhou entidades nacionais, como a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) que cedeu apoio incondicional na parte de logística e a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco).

Os manifestantes carregavam bandeiras e faixas de diversos movimentos sociais. Grupos específicos carregavam cartazes individuais que formavam, coletivamente, a mensagem de “Fora Temer”. O pedido dos manifestantes também ecoou através de palavras de ordem, acompanhado da reivindicação por eleições “diretas já”. O Sindifiscal compartilha deste anseio, já que segundo o presidente Carlos Campos “eleições indiretas colaborariam com o avanço de pautas que prejudicam o trabalhador no âmbito legislativo. Pois os prováveis sucessores são aliados atuais do governo”.

Entidades

A assessoria de comunicação do Sindifiscal entrevistou o presidente da CSPB, João Domingos, que comemorou a reação da sociedade brasileira contras as reformas e a corrupção. “ O governo Temer está tocando uma agenda de verdadeira destruição do Estado no Congresso Nacional. Mas não estamos passivos. Finalmente a sociedade brasileira entendeu que se ela estiver indiferente a esses desastres, não haverá vida útil, ou um direito sequer após os atentados do governo atual”, arrematou.

A Fenafisco repercutiu a fala do presidente da instituição, Charles Alcântara, que destacou o movimento como um alerta para o risco do Congresso Nacional seguir com as reformas. O sindicalista também se posicionou a favor de eleições diretas. “Estamos vivendo uma grave ameaça ao regime democrático. Os parlamentares não têm condições de avançar em temas tão importantes diante de tanta insegurança e dúvida. O povo brasileiro tem o direito de escolher um novo representante. Não podemos permitir que o governo continue tomando decisões após as graves denúncias que estamos acompanhando, especialmente querer aprovar à toque de caixa reformas importantes como as previdenciária e trabalhista”, afirmou.

O presidente Carlos Campos refletiu sobre os efeitos da união entre as classes de trabalhadores. “Neste momento diversas classes e entidades estão aqui protestando contra as reformas e também contra essa corrupção escancarada que tomou conta do governo. Com a união dos trabalhadores e da sociedade em geral, conseguiremos contornar a trágica situação pela qual passa o Brasil”, concluiu.

Confronto entre militares e civis

Para Campos, “a ação da polícia durante as manifestações, revela a atitude repressora do governo e a intolerância ao debate com as massas. O Executivo não está interessado em dialogar, apenas quer afastar de seus arredores aqueles que não ampliam sua rede de benefícios particulares”.

Ainda segundo o presidente do Sindifiscal, “É lamentável que grupos isolados tenham conseguido atrair para si o protagonismo na cobertura midiática sobre a manifestação. Quem esteve lá, pôde acompanhar a militância pacifica de centenas de milhares de pessoas. Mas infelizmente quem apenas acompanhou os jornais, só sabe a respeito do confronto entre alguns civis e militares”.

“Mas não nos calaremos. Nãos no intimidaremos. Vamos insistir na luta pelo que conquistamos com anos de história e pelo resgate da política brasileira”, finalizou. 

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