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Saúde

Foto: Frederick Borges

Foto: Frederick Borges

Com uma gota de sangue retirada do pé do recém-nascido é possível detectar doenças graves que podem interferir no desenvolvimento físico, neurológico e motor do bebê. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde alerta a população para a importância de se realizar o teste do pezinho, exame oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por sua relevância, o procedimento tem data específica para ser celebrado todo dia 06 de junho, intitulado o Dia Nacional do Teste do Pezinho.

De acordo com dados da Coordenação do Programa Nacional de Triagem Neonatal do Estado do Tocantins, no Estado são realizados em média 1800 testes do pezinho por mês. “A coleta do teste do pezinho é responsabilidade dos municípios que devem implantar tantos postos de coleta quantos forem necessários para suprir a demanda, pois o teste deve ser ofertado a todos os recém-nascidos”, informou a técnica da coordenação, Andreza Correia, acrescentando que “quando o bebê permanece internado após os cinco dias de nascido a coleta é realizada pela maternidade onde nasceu”.

No Tocantins, a análise do material é realizada pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Araguaína, que é o Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Estado habilitado pelo Ministério da Saúde. Os resultados são disponibilizados online para serem retirados pelos municípios.

Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2016, mais de 2,3 milhões de recém-nascidos fizeram o teste do pezinho em todo o País. Ainda segundo o Ministério, os testes gratuitos cobrem 76,91% dos nascidos vivos no Brasil.

Segundo a pediatra neonatologista e plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP), Katia Valadares Noleto Damasceno, “o exame deve ser feito nos primeiros dias de vida do bebê e permite identificar doenças graves no metabolismo, alterações nos aminoácidos e nas hemácias. Estas doenças diagnosticadas precocemente podem ser tratadas e controladas, a fim de evitar danos maiores como retardo mental nas crianças e baixa imunidade, que acarreta em infecções de repetições e até mesmo Acidente Vascular cerebral (AVC)”, explicou a pediatra.

A educadora física, Sheyla Cristina Borges de Oliveira Cereja, tem uma filha de quatro anos e um bebê de quatro meses e conta que realizou o teste das crianças dentro do prazo preconizado. “Poder diagnosticar o que o exame abrange é muito importante. A gente faz na esperança de ter a certeza de que não há nada de errado, o que graças a Deus aconteceu com meus dois filhos, mas se tiver, o tratamento feito o quanto antes é fundamental”, afirmou.

O teste

Todos os recém-nascidos a partir de 48 horas de vida até 30 dias do nascimento devem fazer o exame que tem a oferta em algumas maternidades e em todas as unidades de saúde da família. O teste é gratuito.

Em caso de alterações no exame, o SUS oferece acompanhamento com médicos especialistas para seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. O tratamento é acessível, gratuitamente, nos serviços de referência em triagem neonatal existentes em todos os estados.