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Foto: Divulgação

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden), participou da primeira edição do Café & Conhecimento, realizado na manhã desta quarta-feira, 14, no auditório do Centro de Educação e Tecnologia do Senai (Cetec), em Palmas. O evento  colocou em pauta, por meio de palestras e debates, os temas Auditoria da Dívida Pública e Gestão e Inovação.

Para o gestor da Seden, Alexandro de Castro, o evento chamou a atenção para uma realidade econômica insustentável. “O que pudemos ver aqui é  o enfoque econômico do sistema financeiro que o nosso país adota, vive e propaga. Uma situação em que a competição para remuneração do capital sem produção ganha espaço a cada dia. E essa é uma situação crônica, crítica e que precisa ser combatida, porque não há justificativa para que a remuneração vá ao capital e não venha à produção”, contou.

Para ele a discussão é oportuna e precisa ser repercutida. “Precisamos difundir e cobrar de todas as esferas, especialmente federal, a equalização dessa situação. Para que o país possa destinar não os 45% para pagamento de dívida de juros, mas boa parte disso para o sistema produtivo”, reforçou.

Mediador do evento, o deputado federal Cesar Halum disse que a remuneração financeira é um dos principais gargalos que precisa ser resolvido. “Comprometer 45% da receita de um país com o pagamento de juros da dívida, uma dívida que você não sabe quem fez, por que fez, onde se aplicou o recurso, ou quem são os nossos credores. Nenhum governo até hoje quis aceitar a auditoria da dívida”, destacou, acrescentando: “Nós queremos fazer com que a sociedade participe dessa discussão”.

Para o presidente da Federação da Indústria do Estado do Tocantins (Fieto), Roberto Magno Martins Pires, a dívida pública compromete o orçamento do País. “Cerca de 45% fica reservado para a dívida pública, ou seja, sobra muito pouco para outros setores. Para ter um exemplo, em 2016, menos de 4% foi investido em educação, menos de 4% em saúde, 1% investido em segurança pública”, reforçou.  Ele diz ainda que a falta de investimentos compromete a competitividade do país.

Para o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) no Tocantins, Celio Mascarenhas, esse comprometimento se reflete na geração de empregos. “Isso impacta negativamente no crescimento do Brasil, na geração de emprego e renda. Dificultando ainda mais a sobrevivência dos nossos trabalhadores”, pontuou. Ele avalia que esse impacto é maior em um estado novo como Tocantins.

O evento foi uma realização da Associação Tocantinense dos Administradores do Tocantins (ATAD) com apoio da Associação dos Tocantinense de Advogados (ATA) e Fieto.