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A cana-de-açúcar é bem aceita e uma das mais utilizadas na formação de capineira

A cana-de-açúcar é bem aceita e uma das mais utilizadas na formação de capineira Foto: Divulgação

Foto: Divulgação A cana-de-açúcar é bem aceita e uma das mais utilizadas na formação de capineira A cana-de-açúcar é bem aceita e uma das mais utilizadas na formação de capineira

A qualidade das pastagens fica limitada durante o período de estiagem, que usualmente vai do mês de maio a outubro, devido à diminuição da produção da forragem pela ausência da chuva. A baixa disponibilidade de forragem no pasto prejudica o desempenho de bovinos, resultando em perda de peso, declínio acentuado da produção de leite, diminuição da fertilidade e enfraquecimento geral do rebanho.

Nesse período do ano para manter a nutrição adequada dos animais, devem-se disponibilizar alternativas alimentares, que visam suprir a deficiência nutricional provocada pela queda da qualidade do alimento fornecido.

As soluções para a alimentação dos rebanhos para este período são reforçadas pelos técnicos da área de produção animal da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro). São as alternativas disponíveis para reforçar a alimentação e assegurar o desenvolvimento dos rebanhos.

De acordo com o gerente de Biotecnologia Animal da Seagro, Alan Oliveira do Ó, entre as alternativas para assegurar um melhor padrão alimentar, as que apresentam maior praticidade e economicidade são: utilização de capineiras, dos bancos de proteínas, da cana-de-açúcar + ureia e do diferimento de pastagens. “As fontes de volumosos mais utilizados na época seca do ano são: cana de açúcar corrigida com ureia, ou a silagem de milho ou sorgo e feno de outras gramíneas”, informa.

Reforço alimentar

Segundo o Gerente, no Tocantins o capim-elefante e a cana-de-açúcar são as forrageiras mais utilizadas para a formação de capineira, por sua elevada produção de matéria seca, bom valor nutritivo, resistência a pragas e doenças, além de ser bem aceito no paladar dos animais.

Ainda de acordo com o técnico, outra tecnologia bastante utilizada são os bancos de proteínas, onde o produtor disponibiliza piquetes com cultivo exclusivo de uma leguminosa que servirá de pasto, durante um período restrito, cerca de três a quatro horas por dia, para vacas em lactação ou outros animais que necessitem.

A diretora de políticas para a pecuária da Seagro, Érika Jardim reforça que o mais importante na propriedade rural é ter uma gestão do negócio econômica e que isso passa necessariamente pelo planejamento alimentar. “Trabalhar estrategicamente na época das águas, quando há sobra de forragens, armazenando-a como silagem ou reservando-a como pasto diferido, ou feno, para fornecer aos animais durante a escassez”, observa Érika Jardim. 

Mineral

Outro enfoque importante a ser considerado para o produtor diz respeito à suplementação mineral que é indispensável no período da seca. Em consequência, principalmente, da queda de proteína, há uma redução da energia e perda do processo de digestão. Com isso os animais começam a perder o peso que ganharam nas águas, provocando o efeito sanfona.

Os desequilíbrios minerais são responsáveis por baixa produção de leite, problemas reprodutivos, crescimento retardado, abortos e fraturas. Para uma mistura mineral ser adequada é importante que contenha os elementos deficientes, considerando-se a dieta do rebanho. A necessidade de mineral depende muito do nível de produtividade. “Para buscar o equilíbrio entre quantidade e qualidade do alimento disponível, de acordo com a produtividade do animal, é de relevância que o produtor procure assistência técnica”, orienta Alan Oliveira.