Foi assassinada na madrugada desta sexta-feira, 15, no Jardim Aureny III, região Sul de Palmas/TO, Sione Pereira de Oliveira, mãe de Laura Vitória Oliveira - criança desaparecida desde janeiro de 2016. O crime aconteceu em uma distribuidora de bebidas e teria sido motivado por discussão.
Weliton Pereira Barbosa, cunhado de Sione, também foi assassinado. Uma moradora com identidade não revelada teria escutado pelo menos cinco disparos por volta das 3 horas.
O possível autor dos disparos e respectivas mortes é servidor da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju). Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP/TO), o servidor, que não teve identidade revelada, apresentou-se espontaneamente e prestou depoimento na 1ª Delegacia de Policia (DP), em Palmas. A pasta, porém, aguarda a conclusão dos laudos técnicos, das imagens, da versão do acusado e depoimentos das testemunhas para que seja elucidado o caso.
Os corpos já estão no Instituto Médico Legal (IML). O Conexão Tocantins solicitou e aguarda informações oficiais da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Polícia Militar.
Segundo a SSP, as investigações continuarão sob a responsabilidade da Delegacia de Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).7
Seciju
De acordo com a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), após depoimento, o servidor foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito e, posteriormente, liberado. Segundo a pasta, o servidor explicou que agiu em legítima defesa, após ter sido surpreendido com uma paulada na nuca enquanto pagava uma conta. "Ao cair no chão, ele teria sacado sua arma particular e reagido, disparando contra os três agressores. Ele tem autorização para porte de arma, conforme legislação federal para agentes penitenciários", segundo a Seciju.
Ainda segundo a Seciju, o servidor comunicou ao delegado plantonista que há algum tempo vinha recebendo ameaças e que, por conta disso, chegou a registrar BO. Segundo ele, tais ameaças poderiam estar relacionadas ao fato dele ter se recusado a aceitar propina para colocar objetos ilícitos dentro da unidade prisional onde atuava.
Diante disso, por questões de segurança, a Seciju irá informou que irá remanejar, ainda hoje, o servidor de suas funções na unidade prisional para uma área administrativa. Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) será aberto para apuração dos fatos.
Assispen/TO
Por meio de nota de esclarecimento, a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Tocantins (ASSISPEN/TO), informou estar acompanhando o ocorrido com o servidor. A Associação reafirmou que o servidor agiu em legítima defesa, ao utilizar os meios necessários para repelir as agressões que, segundo a Assispen, foram injustas. "A associação continuará acompanhando a investigação junto à Delegacia de Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e perante a Corregedoria relacionada ao Sistema".
Caso Laura
Laura Vitória, com 9 anos de idade na época, saiu da casa da avó para ir a um mercado, no Setor Lago Sul, em Palmas, e nunca mais foi vista. (Matéria atualizada às 12h34)