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Saúde

Foto: Divulgação

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O Estado do Tocantins é destaque na região Norte e no Brasil no que diz respeito à redução de óbitos por tuberculose, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Essa posição se deu em virtude de ações como a implantação de novas tecnologias para o diagnóstico e expansão do teste rápido molecular para detecção do Mycobacterium tuberculosis, qualificando o diagnóstico da doença e oportunizando intervenções de impacto no início do tratamento.

Os dados são contabilizados através do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), do Ministério da Saúde (MS), o qual lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como problema de saúde pública, por um Brasil Livre da Tuberculose. Uma das metas do plano é reduzir o número de óbitos por Tuberculose para que em 2035, o país tenha menos de um óbito para cada 100 mil habitantes.

Levando em consideração esses números, o Tocantins alcançou a meta e já em 2015 registrou 0,5 óbitos por tuberculose para cada 100 mil habitantes. Esse índice se mantém nos anos de 2016 e 2017. “Mesmo com meta alcançada, continuamos os trabalhos de monitoramento onde a Área de Assessoramento de Tuberculose em parceria com a Vigilância do Óbito verifica o banco de dados Sinan e Sistema de Informação sobre Mortalidade (Sim), rastreando todos os óbitos com menção de tuberculose nas causas de morte. Neste rastreamento, fazemos uma investigação junto aos municípios de ocorrência e/ou residência do óbito”, explicou a assessora técnica da Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde, Myria Coelho Adati Guimarães.

A assessora acrescentou ainda que todo este trabalho culminou no Protocolo para Vigilância do Óbito com Menção de Tuberculose nas causas de morte, lançado pelo PNCT/MS na Expoepi/2017. “Este protocolo lançado este ano veio ratificar o trabalho de vigilância que já fazíamos aqui no Tocantins e ficamos muito felizes em ser referência para os demais estados da Federação”, afirmou.

Tuberculose

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch) que afeta principalmente os pulmões, podendo afetar outros órgãos do corpo, como ossos; rins; meninges.  Os principais sintomas da doença são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, fraqueza e prostração.

A doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa, quando o doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Em torno de 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch desenvolvem a doença.

Pessoas vivendo com HIV/Aids, pessoas privadas de liberdade, indígenas, diabetes, pessoas com insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, usuários de  álcool e outras drogas/tabagistas formam um grupo vulnerável, propensas a contrair a tuberculose.