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Foto: Gabriel Faria

Foto: Gabriel Faria

A Embrapa e parceiros começam no Tocantins, na próxima semana, capacitação continuada em pecuária de corte. Seguindo metodologia de outros projetos de transferência de tecnologia, agora é a vez desta importante cadeia produtiva ser foco de um trabalho estruturado nos próximos anos. O projeto tem o nome de Rede de transferência de tecnologias do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono para a bovinocultura de corte do Tocantins com ênfase na intensificação da produção de carne em pastagens. De forma sintetizada, é o ABC Corte.

A liderança é de Pedro Alcântara, zootecnista da Embrapa. “A metodologia é a mesma que nós utilizamos na primeira fase dos projetos do ABC, em que cada participante assume a responsabilidade de implantar uma URT entre os clientes que ele já assiste ou eventualmente um novo cliente. Essa URT vai ser então utilizada pra disseminar tecnologias na região, além de validar os sistemas pra aquela região”, explica.

URT é a sigla para Unidade de Referência Tecnológica, que pode ser compreendida como uma propriedade rural que adota tecnologias de determinada área e recebe acompanhamento periódico de um técnico da extensão rural (seja pública ou privada) que recebe treinamento constante por parte da Embrapa e de parceiros. Hoje, o Tocantins conta com dezenas de URTs com tecnologias ligadas ao plano ABC, que preconiza a prática de uma agricultura com baixa emissão de carbono. Com o novo projeto, a expectativa é que mais unidades sejam criadas e mantidas.

“Em linhas gerais, a gente pretende contribuir com a melhoria da produtividade e rentabilidade da pecuária no Tocantins por meio dessas propriedades modelo nas quais vão ser levantados vários dados. Dados referentes à parte econômica do sistema e dados também zootécnicos, que possam embasar a tomada de decisão por outros pecuaristas que queiram melhorar os seus indicadores”, afirma Pedro.

Como se inscrever

Para participar da capacitação, que é gratuita e tem previsão de acontecer em seis módulos, é necessária formação em alguma área ligada às Ciências Agrárias, seja como técnico(a) ou na graduação. O tema do primeiro módulo é intensificação da produção em pastagens. Serão 20 horas de treinamento em que se discutirão temas como implantação de pastagens, ajuste de lotação animal e suplementação de bovinos em pastejo.

Este primeiro módulo vai acontecer de 24 a 26 de outubro no campus de Paraíso do Tocantins (região Central do estado) do Instituto Federal do Tocantins (IFTO). Para mais informações, os contatos são pedro.alcantara@embrapa.br. Além do IFTO, são parceiros na capacitação o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), a Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), a empresa privada Zoofértil e o Plano ABC no estado.

De acordo com Pedro, “o projeto tem um enfoque na recuperação e na intensificação da produção a pasto: em linhas gerais, trazer as pastagens que hoje em sua maioria estão num nível de produtividade muito abaixo do potencial pra próximo do que esses recursos forrageiros podem produzir”, explica. Os seis módulos abordarão temáticas complementares e é fundamental que os participantes estejam em todos eles. Restam poucas vagas para inscrição no primeiro módulo. (Embrapa)