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Polí­tica

Foto: Whebert Araújo

Já foram presas 22 pessoas, entre elas o vereador Rogério Freitas (PMDB), na Operação Jogo Limpo realizada pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira, 3, em Palmas/TO. Além de Freitas também há mandados de prisão contra o presidente da Câmara Municipal de Palmas, vereador José do Lago Folha Filho (PSD) e Major Negreiros (PSB). Os dois vereadores são considerados foragidos da justiça.

Entre os presos estão também o ex-vereador Waldson Pereira Salazar, conhecido como Waldson da Agesp e um servidor do Estado do Tocantins.

A Operação Jogo Limpo investiga um desvio de R$ 7 milhões da Fundação Municipal de Esportes (Fundesportes) e também da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais da Prefeitura de Palmas, na gestão do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB), que renunciou ao cargo para se candidatar ao Governo do Estado.

Ao todo a polícia cumpre 26 mandados de prisão temporária e outros 31 de busca e apreensão. Além de Palmas a operação também acontece em Goiânia/GO, Fortaleza do Tabocão/TO e Aparecida do Rio Negro/TO. Além dos políticos, há mandados também contra empresários e servidores públicos. 

Por meio de nota a Prefeitura de Palmas, atualmente sob a gestão da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), informa que está à disposição da Justiça e da investigação para contribuir com qualquer esclarecimento caso seja demandada.

Veja lista dos mandados de prisão expedidos pela justiça.

Equipes da Polícia Civil amanheceram na sede da câmara de vereadores nesta sexta em cumprimento aos mandados expedidos pela justiça. A operação é realizada pela Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial Contra a Administração Pública (Dracma) e conta com a participação de 40 delegados e 110 agentes de polícia.

Jogo Limpo

Esta é a segunda fase da operação Jogo Limpo. A primeira foi realizada no início do ano quando foram cumpridos 24 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. A primeira fase investigava um organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro que, através de organizações não governamentais fantasmas (ONGs), federações e empresas, desviava dinheiro público. Foram 10 instituições envolvidas.

Na fase mais recente da operação as investigações indicam que o dinheiro desviado teria sido usado para financiar campanhas eleitorais em 2014, entre elas as campanhas dos vereadores investigados. Empresas fantasmas emitiam notas fiscais frias para justificar despesas e serviços não realizados na prestação de contas dos convênios. O dinheiro era então desviado para políticos, servidores públicos e outros investigados. (Atualizada às 13h35)