A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (15) a Operação Toth, visando investigar possível associação criminosa para a venda e obtenção de decisões judiciais, além de condutas que indicam lavagem de dinheiro. O principal alvo da operação é o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), desembargador Ronaldo Eurípedes. Equipes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do desembargador.
O ex-procurador de justiça Clenan Renault e filhos dele, que são advogados, também são alvo da operação.
Mais de 50 Policiais Federais cumprem 13 Mandados Judiciais de Busca e Apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos municípios de Palmas, Araguaína, Formoso do Araguaia e Mara Rosa no estado do Tocantins e Teresina no Piauí, além de 39 mandados de intimação.
A investigação teve início por meio de denúncia encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça para apuração criminal sobre a conduta de um desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins. As investigações apontaram elevado crescimento patrimonial desse magistrado após sua posse como desembargador e demonstraram a existência de um fluxo financeiro atípico realizado por familiares e terceiras pessoas envolvidas. Os resultados do cumprimento dos mandados servirão para continuidade das investigações realizadas pela Polícia Federal.
Os investigados podem responder de corrupção ativa, corrupção passiva, concussão, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O nome da operação faz alusão ao deus grego Toth, marido da deusa egípcia da justiça e do equilíbrio Maet (Maat). Fazendo correlação com a Operação Maet da PF deflagrada em 2010 pela SR/PF/TO visando desarticular esquema de venda de sentenças e fraudes em cobrança de precatórios.