Um incêndio de grandes proporções em uma área próxima ao Parque Cesamar nesta última segunda-feira, 2, além de destruir a fauna e a flora locais, também esquentou o debate entre agentes políticos que viram na tragédia oportunidade para fazer “palanque”.
O vereador Milton Neris (PP), agora na oposição ao governo da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), divulgou áudio criticando a gestão ambiental da Prefeitura de Palmas. Para o vereador a “ineficiência” no combate às queimadas é falta de planejamento da gestão. “A Secretaria de Segurança diz que está ainda no processo de seleção dos brigadistas. A lei dá o poder para o Executivo contratar emergencialmente. Temos brigadistas que trabalharam por décadas em nosso município, é só chama-los. A verdade é que a gestão está dormindo”, criticou o parlamentar.
Como de costume, Cinthia Ribeiro recorreu às redes sociais para mandar resposta e sugeriu que um incêndio criminoso teria sido iniciado intencionalmente para causar atrito político. “A que ponto chegamos? Colocar em risco a população, dizimar espécies da fauna e flora, nosso cerrado, espécies raras, por conta de um jogo sujo... fogo no coração da cidade, fogo na serra, perdendo pesquisas, perdendo história pela ganância de uns e falta de escrúpulo de outros”, escreveu.
Logo em seguida a prefeita usou a mesma publicação para referir-se a um “jogo político”. “Pedimos reforço p PM [sic], bombeiros, GMP e os fiscais da FMA. Vamos encontrar os responsáveis, chega de atitudes bárbaras. Ainda não entenderam que não se trata de jogo político. Quando miram a prefeita atingem diretamente milhares de palmenses, desumano!”.
Incêndio
Com ventos, tempo e vegetação secas, as chamas que começaram por volta das 13h dessa segunda espalharam-se rapidamente por uma grande área, desde o Parque Cesamar até as imediações do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO).
Bombeiros, Guarda Metropolitana (GMP), Defesa Civil e Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA) juntaram-se no combate ao fogo. Não havia brigadistas na operação. O Conexão Tocantins questionou a prefeitura a respeito da contratação desses profissionais e aguarda posicionamento.