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Educação

Foto: Divulgação

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A Universidade Federal do Tocantins (UFT) está em destaque entre as universidades públicas e privadas do País na questão da inclusão de estudantes e docentes com deficiência. Os dados são do site Quero Bolsa que fez um levantamento baseado em números do Censo da Educação de 2018, do Ministério da Educação. Na inclusão de estudantes, a UFT figura em 16º lugar (entre 51 instituições públicas e privadas pesquisadas com mais de cinco mil alunos matriculados). Já na inclusão de docentes, a Federal do Tocantins está em 14º lugar (entre instituições com mais de 500 professores em exercício naquele Censo). Pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil (seja ela auditiva, física, intelectual ou visual) representam 6,2% da população, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE com o Ministério da Saúde.

De acordo com os dados, a UFT registrou no Censo da Educação 2018, 232 estudantes com deficiência, o que representava 1,4% do total de matriculados naquele Censo. De acordo com o levantamento, apenas 51 universidades brasileiras que possuem mais de cinco mil alunos matriculados conta com 1% ou mais de estudantes com alguma deficiência: são 36 instituições públicas e 15 privadas. Dentre estas, a UFT está em 16º. Quanto aos docentes, a UFT contava com 14 professores com deficiência, representando 1,16% do total de docentes da instituição.

Pensando nesse público na UFT e também com o intuito de reforçar a cultura do respeito à diversidade e aos direitos humanos, a Universidade dá início, neste mês, à uma campanha em prol da acessibilidade e dos espaços reservados para estes públicos. Manoel Mendes é o presidente do Comitê de Inclusão e Acessibilidade da UFT, instituído em setembro deste ano, e que tem entre suas funções, articular ações de inclusão de acordo com os documentos institucionais, a legislação e os tratados que abordam os direitos das pessoas com deficiência no Brasil, em especial, o direito à educação superior.

Neste mote, a campanha lançada pelo Comitê, de respeito aos espaços de acessibilidade, foi iniciada primeiro no Câmpus de Palmas, mas chegará a todas as outras unidades da UFT. "A missão do Comitê é implementar a Política de Acessibilidade e Educação Inclusiva da UFT, focada especialmente na promoção da acessibilidade arquitetônica, curricular, comunicacional, informacional e em ações de educação inclusiva; além de subsidiar a gestão da UFT com dados e proposições visando ao planejamento e realização de ações que propiciem a acessibilidade plena de toda a comunidade acadêmica", ressalta Mendes. Além disso, o Comitê visa assegurar a inclusão e permanência qualificada - das pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida, pertencentes à comunidade acadêmica e à sociedade em geral -, em todos os câmpus e dependências da Universidade.

Multa moral

A campanha "Respeite os espaços de acessibilidade dos câmpus" consiste na distribuição de cartazes nos câmpus e também na aplicação de uma 'multa moral' (imagem ao lado), em especial para os condutores que infringem algumas normas como estacionar em vaga reservada para pessoas com deficiência ou idosos, estacionar sobre calçadas ou bloquear áreas rebaixadas (rampas). Mendes acredita que a ação, educativa, surtirá efeito positivo porque no ambiente universitário já existe uma cultura de aceitação da diversidade e do respeito às condições de necessidades especiais.

Tecnologias Assistivas

Segundo o Comitê, em todos os câmpus a UFT conta com o apoio de equipes multifuncionais que, direta ou indiretamente, apoiam, acolhem, orientam e dão assistência às pessoas com deficiência que ingressam na Universidade. Em todas as unidade, por exemplo, estão sendo implantadas Seções de Acessibilidade Informais (SAIs), que possibilitam melhor acesso das pessoas com deficiência às bibliotecas universitárias, por meio do Sistema de Bibliotecas (Sisbib).

As SAIs objetivam organizar um espaço nas bibliotecas para Tecnologias Assistivas (Leitores Autônomos, Impressoras Braille, Linha Braille, Desktops Adaptados, Leitores de Telas, Lupas para Baixa-Visão, entre outros),  acervo especializado em Braille, formato digital acessível.  O Câmpus de Arraias foi o primeiro a receber a Implantação do SAI.