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O uso dos autotestes simboliza um avanço à população e para a descentralização dos serviços nas unidades saúde

O uso dos autotestes simboliza um avanço à população e para a descentralização dos serviços nas unidades saúde Foto: Divulgação

Foto: Divulgação O uso dos autotestes simboliza um avanço à população e para a descentralização dos serviços nas unidades saúde O uso dos autotestes simboliza um avanço à população e para a descentralização dos serviços nas unidades saúde

A Secretaria de Estado da Saúde por meio da área técnica de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/AIDS) e Hepatites Virais disponibiliza 500 unidades de autoteste de HIV para ONGs do Tocantins, com o objetivo de expandir estratégias adicionais de prevenção do HIV e ampliar os campos de monitoramento e tratamento da infecção. Essa ação busca, além de alcançar as pessoas em situação de vulnerabilidade, que geralmente tem dificuldade quanto ao acesso aos serviços de saúde, também desafogar o fluxo de pessoas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) durante este período de pandemia da Covid-19.

Com a distribuição na rede pública a pessoa poderá retirar o autoteste em uma Unidade Básica de Saúde ou diretamente com os responsáveis da ONG relacionada, coletar a própria amostra e conferir o resultado. Essa coleta acontece via punção digital, feito com uma gota de sangue do próprio indivíduo. Uma das principais vantagens, além de permitir que maior parte da população saiba se é uma Pessoa Vivendo com HIV/AIDS (PVHA), ou não, é também a comodidade para quem quer saber se foi ou não infectado com o vírus.

“Um dos principais objetivos é aliviar o fluxo nas unidades básicas de saúde nesse momento de pandemia, ou seja, é uma estratégia emergencial, então contamos com as nossas parcerias, como por exemplo, as ONGs e instituições como: Universidade Federal do Tocantins (UFT), Associação das Travestis e Transexuais do Tocantins (ATRATO), o Projeto Anjos Urbanos, entre outras. Lembrando que apesar da eficácia, esses autotestes funcionam como uma espécie de triagem, para que se tenha um diagnóstico completo, a pessoa deve procurar a unidade básica mais próxima da sua residência, até mesmo para fazer outros testes, como o de sífilis e hepatites. A intenção é fornecer um acesso mais fácil a um pré-diagnóstico mais rápido”, pontuou Sâmia Chabo, técnica da área de Prevenção de IST/AIDS e Hepatites Virais do Estado.

Para Daniele Alves Dorneles, professora e produtora de eventos de 22 anos, “O projeto da liberação desses kits de autotestes do HIV é extremamente importante porque ele aumenta as possibilidades de haver na nossa cidade, uma espécie de melhora no mapeamento da saúde da nossa população referente ao vírus, porque esses testes favorecem majoritariamente aqueles grupos de pessoas que não tem acesso aos exames confirmatórios nas UBSs, então essa estratégia amplia a perspectiva de um trabalho mais eficaz dentro do Estado, principalmente por ser direcionado a essa parte da população, a esse cuidado com o HIV”.

Estimativas do Ministério da Saúde (MS) apontam que cerca de 140 mil brasileiros desconhecem serem portadores do HIV. Por causa disso, o governo tem desenvolvido diversas estratégias para controlar a transmissão do vírus, estabelecendo políticas públicas que reforçam a ampliação do conhecimento das pessoas quanto à infecção pelo HIV e estimulando o acesso ao diagnóstico.

“Hoje por estarmos enfrentando um período de pandemia, onde sair de casa é algo muito delicado, é muito valiosa essa oportunidade de você poder fazer o autoteste no conforto e intimidade da sua casa, esse tipo de iniciativa do Governo do Tocantins e da Secretaria da Saúde em conjunto com a população faz com que o indivíduo se sinta mais seguro, além de claro, aumentar o número de pessoas que realizam o teste, facilitando assim o tratamento”, finaliza Daniele Alves.

O uso desses autotestes simboliza um avanço para a população e para a descentralização dos serviços nas unidades saúde, dando autonomia ao indivíduo que geralmente não tem acesso aos serviços públicos ou que precisam ser testados com mais frequência por conta da exposição contínua e maior vulnerabilidade ao risco de contrair o vírus do HIV. Vale ressaltar que todas as ONGs relacionadas, receberam orientações técnicas, referentes a todas as informações necessárias acerca dos autotestes e que todas as UBSs do estado do Tocantins estão bem equipadas para receber a população.