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Polí­cia

Neste ano, os números de denúncias de crimes sexuais contra vulneráveis no Brasil, no período de janeiro a maio, já chegam a mais de 6 mil, este dado é da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), que coordena os canais de denúncias, Disque 100 e Ligue 180, vinculado ao Ministério da Mulher, da Família de Direitos Humanos (MMFDH). No Tocantins, segundo o Balanço da Segurança, documento elaborado pela Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP), no primeiro trimestre de 2021 foram registrados 106 casos de estupro de vulnerável.

Diante desses dados cada vez mais alarmantes, sobretudo no período da pandemia do Coronavírus que agravou ainda mais essas violências no cenário doméstico, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) está participando da Campanha Nacional ‘Faça Bonito: Proteja nossas crianças e adolescentes’ desenvolvida durante o mês de maio, denominado Maio Laranja que é voltado ao enfrentamento e combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

“Os dados chamam atenção para o contexto da pandemia, mas sabemos que violência sexual contra crianças e adolescentes é histórica e que os direitos sexuais delas sempre foram violados”, falou a vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca) vinculado à Seciju, Julane Marise. A vice-presidente também chama a atenção para a observância do Comitê da Escuta que vem construindo especificações quanto ao fluxo de atendimentos a essas vítimas de violências sexuais.

Sinais de Violência Sexual

A delegada Adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Daíse Rodrigues Teixeira, reforça que é preciso estar atento a alguns sinais que podem indicar violência sexual. ” Geralmente os crimes sexuais acontecem no contexto familiar, então orientamos pais, educadores, profissionais de saúde e responsáveis para que estejam atentos aos primeiros sinais que elas apresentam, seja uma perda de apetite, uma alteração de humor, irritabilidade ou isolamento ou até mesmo a automutilação. Portanto, havendo uma mera suspeita de abuso ou exploração sexual esteja ocorrendo, denuncie”, recomenda a delegada.