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Economia

Foto: Shutterstock

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O Tocantins registrou 8% de aumento no consumo de energia elétrica em fevereiro, frente ao mesmo mês do ano passado, de acordo com informações preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Foi a maior taxa no país, também registrada pelo Mato Grosso do Sul.

O estado utilizou 323 megawatts médios, sendo a maior parte (274 MW médios) demandada pelo mercado regulado, que cresceu 5,2% no comparativo anual, atendendo pequenas e médias empresas, o comércio e consumidores residenciais.

O restante foi consumido pelo mercado livre, que fornece energia elétrica para a indústria e grandes empresas, como shoppings. O consumo nesse segmento cresceu 27,3% em fevereiro, com destaque para o setor de serviços (51%), comércio (31%) e alimentício (26,8%).

O consumo de energia elétrica no mês de fevereiro apresentou crescimento de 0,9% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior. O aumento foi puxado pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), com crescimento de 4,7%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulado - ACR registrou queda de 1,0%. Quando se retira o efeito da migração entre os ambientes, o ACL cresce 1,0% e o ACR reverte a tendência, avançando 0,9%.

Maiores consumos por segmento

No Tocantins foram analisados 10 ramos de atividade econômica pela CEE. O Estado registrou maior consumo no segmento de alimentícios com 19,17 MW, Minerais não-metálicos com 13,04 MW e Comércio com 4,47 MW.

Geração por fonte

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um aumento estimado de 1,1% quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Parte deste comportamento é explicado pelo volume significativo de energia importada em fevereiro/21. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, eólicas e as hidráulicas apresentaram crescimento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 99,4%, seguido das eólicas (25,8%) e das hidráulicas (6,1%). Já com relação às térmicas, esta apresentou queda de 35,0%.

O aumento na geração das fotovoltaicas pode ser explicado por fatores climatológicos e pelo aumento absoluto no número de usinas em relação a fevereiro/21. Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas as seguintes premissas:

As análises consideram a comparação do período de 2022 em relação ao mesmo período de 2021;

Os dados de fevereiro de 2022 apurados compreendem o período entre os dias 1º a 28 do mês de referência;

Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;

Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CEE ao longo do mês;

O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;

O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em janeiro/21, foi de 3,43% e 3,59%, respectivamente;

O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais.