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Cultura

Foto: Graciele Arsego

Foto: Graciele Arsego

O Grupo Um Ponto Dois de teatro nasceu em 2012 e realiza um importante trabalho no cenário cultural do Tocantins, produzindo espetáculos, seriados, documentários e artigos sobre o universo teatral do Estado, sendo um dos grupos de teatro mais ativos na última década no Tocantins. Para celebrar os mais de dez anos de história, estreia nessa quinta-feira, 15, o espetáculo Maria Julieta e Zé Romeu, uma versão abrasileirada do clássico de Shakespeare.

A obra produzida foi encomendada pelo grupo a dramaturga Nadia João, e traz elementos do universo do maracatu. A direção do espetáculo é de Bárbara Tavares, professora efetiva do curso de licenciatura em Teatro, da Universidade Federal do Tocantins, e sua relação com o grupo é antiga. “É uma alegria acompanhar de perto o trabalho destes artistas, que uniram universidade, comunidade escolar e artistas da sociedade civil em um movimento pró-teatro regional desde a sua origem, sempre com histórias potentes e afirmativas sobre o seu lugar nas culturas que enriquecem o nosso Brasil. Já havia contribuído com o grupo em algumas oficinas, mas o convite para dirigi-los nesta montagem de dez anos foi sem dúvida muito especial e acolhida também com muita admiração por mim”, afirma a diretora.

Grande parte do elenco e da equipe técnica do espetáculo é composta por acadêmicos, egressos, docentes e extensionistas de projetos do curso de licenciatura em Teatro da UFT. Dentre eles, o jovem ator e estudante do curso de teatro da UFT Pedro Macedo. “Estou muito feliz por estrear no Grupo Um Ponto Dois, fazendo o Rei, pai da Julieta e bebendo da cultura popular brasileira. O público vai se divertir bastante com nossa versão do clássico. E mais feliz ainda por poder acompanhar de perto o trabalho deste grupo que já é uma referência para todos nós, atores do norte do Brasil”, declarou.

Com estreia marcada para a próxima quinta, durante a programação do Aldeia Jiquitaia (Sesc), a história conta sobre o romance entre dois jovens de famílias rivais, que tramam um plano para estarem juntos. Para a atriz Patrícia de Sá, que interpreta a Julieta, o público que acompanha o grupo pode esperar uma montagem com todas as características já presentes em suas outras obras: “Tem música, tem instrumento musical, tem cambalhota, tem muita cor no figurino e tem também importantes críticas sociais, que são válidas. Nós atores temos um lugar de fala e tentamos usar deste espaço sempre que podemos para dialogarmos também sobre assuntos importantes, ainda que de forma sutil. O espetáculo tenta passar uma mensagem de amor e união, com respeito diante das diferenças, sejam elas religiosas, políticas, classistas e afins”, ressalta a atriz.

O Grupo UPD

Com dez anos completados em agosto do ano passado, o grupo palmense já produziu oito espetáculos, três curtas metragens, dois documentários e um seriado disponível no YouTube com oito episódios. Atingindo um público estimado de mais de trinta mil pessoas, o grupo é reconhecido pelo Ministério da Cultura como Ponto de Cultura e é referência da arte teatral realizada no norte do Brasil. O nono espetáculo do grupo é produzido de forma independente e conta no elenco com: Amanda Nobre, Ana Kamila Castaño, Icaro Railan, Karla Pollyanna, Sávio Danrley, Patrícia de Sá e Pedro Macedo. A artista Vivian Oliveira assina a cenografia e figurino, já a iluminação é de Lúcio Miranda, o espetáculo conta ainda com melodias do músico Heitor Oliveira, produção executiva e assistência de direção de Justino Vettore.