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Foto: Marcel de Paula/Secom-TO

Foto: Marcel de Paula/Secom-TO

A convite da Embrapa Pesca e Aquicultura, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) participou, nesta sexta-feira, 15, da inauguração do Sistema de Produção Integrada de Alimentos na reserva indígena Xerente localizada na Aldeia Cachoeirinha, em Tocantínia, que pode servir de modelo para o desenvolvimento da iniciativa voltada para os povos originários e tradicionais do Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins.

Representando a Semarh, estiveram no evento a analista Isabel Acker e as assessoras de apoio à Gestão de Políticas Públicas Ambientais Mayra Beatriz e Denise Martins.

Os dois tanques escavados de 150 metros cúbicos vão produzir, inicialmente, tambaquis e, posteriormente, caranhas. A água fertilizada dos tanques contendo os resíduos dos peixes será utilizada para a irrigação do plantio de banana, açaí e outras culturas para a alimentação dos indígenas, formando, assim, um sistema sustentável. Os tanques têm capacidade de produção de 1.200 quilos de peixe a cada seis meses. Com esse modelo integrado, será possível gerar renda e alimento para a comunidade local.

A demanda para a instalação do sistema de produção surgiu da Associação dos Brigadistas Xerente, vinculados ao PrevFogo do Ibama, que possuem uma base na aldeia. Segundo Pedro Paulo Xerente, coordenador da Funai Araguaia Tocantins e um dos articuladores do projeto, o objetivo era tornar a base auto sustentável, capaz de produzir alimentos para consumo e com a possibilidade de comercialização do excedente.

Alternativa de baixas emissões

O Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins vai propor alternativas de produção de baixas emissões para subsistência e geração de renda das comunidades, conforme as metas da Estratégia Tocantins Competitivo e Sustentável, como explica a superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos.

“Na construção das salvaguardas socioambientais, exigidas no processo de certificação dos créditos de carbono florestal jurisdicional, o Estado vai ouvir a opinião dos povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares, além dos médios e grandes produtores rurais, para desenvolver projetos e ações com investimentos do REDD+ e este é um ótimo exemplo que vamos levar”, afirma.

Para isso, a Semarh estuda a elaboração de um arranjo institucional com a Embrapa, a Secretaria da Pesca e Aquicultura (Sepea), dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e a Tocantins Parcerias (Topar) que possibilite a ampliação do projeto no estado. (Semarh)