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Economia

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante o evento de assinatura do decreto que institui a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), nesta terça-feira (26), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pontuou que o SUS é a fonte de garantia da produção interna do sistema de saúde.

"O que está acontecendo aqui hoje é a concretização de um sonho que vínhamos pensando há muito tempo, é mais do que um programa de criação de uma indústria na área da saúde, nós estamos criando um país. O Brasil precisa tomar uma decisão de querer se transformar em um grande país, e seremos grandes quando a gente definir um país soberano com qualidade de vida para o seu povo", disse Lula.

Segundo o presidente, atualmente o Brasil importa US$ 20 bilhões de insumos utilizados na saúde. "Se a gente tiver uma indústria produzindo isso ativamente, e a gente tem uma capacidade de consumo extraordinária por conta do SUS, a gente vai desenvolver o Brasil", destacou.

Com seis programas estruturantes, o objetivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde é priorizar o avanço da integração de políticas públicas que promovam inserção social, geração de trabalho e renda, soberania nacional e fortalecimento do SUS, além de reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.

Investimento 

Cerca de R$ 9 bilhões serão investidos até 2026 pelo Novo PAC. Já o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve participar com R$ 6 bilhões e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com outros R$ 4 bilhões. O Governo Federal prevê ainda aporte de cerca de R$ 23 bilhões da iniciativa privada.

"É uma aposta para o desenvolvimento a partir da saúde e para a saúde dos brasileiros. Na nova industrialização do Brasil, é muito importante uma base produtiva orientada pelo bem-estar. Portanto, acesso, sustentabilidade, autonomia e cuidado com o povo são as marcas do CEIS", pontuou a ministra da saúde, Nísia Trindade.

Onze ministérios, ao todo, estão envolvidos na ação, coordenada pelas pastas da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de nove órgãos e instituições públicas.

"Hoje estamos dando um grande passo. O setor que mais vai crescer no mundo é o da saúde, e o Brasil tem tudo para liderar esse trabalho. Temos que continuar investindo, voltou o Mais Médicos, voltou o Farmácia Popular, e agora precisamos fortalecer a indústria baseada na inovação", finalizou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. (Secom/PR)