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Polí­cia

Momento em que dois suspeitos se dirigem a um estabelecimento comercial logo após o crime.

Momento em que dois suspeitos se dirigem a um estabelecimento comercial logo após o crime. Foto: Divulgação SSP/TO

Foto: Divulgação SSP/TO Momento em que dois suspeitos se dirigem a um estabelecimento comercial logo após o crime. Momento em que dois suspeitos se dirigem a um estabelecimento comercial logo após o crime.

Policiais civis da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Palmas) deflagraram na manhã desta quarta-feira, 1º de novembro, a segunda fase da Operação Falso Amigo e deram cumprimento a um mandado de prisão em aberto em desfavor de E.T.A, de 20 anos. Ele é investigado pelo crime de homicídio que vitimou Charles da Silva Oliveira, 40 anos, ocorrido no dia 11 de janeiro de 2023, no Jardim Aureny III, em Palmas.

“Inicialmente, a suspeita pelo crime era atribuída a dois faccionados, ambos já presos, mas com o aprofundamento da investigação foi constatado a presença de mais uma pessoa na cena do crime. Assim, representamos pela prisão desse terceiro envolvido, a qual cumprimos hoje”, destaca o delegado Eduardo Menezes, responsável pela investigação.

Com mais essa prisão, a 1ª DHPP chega ao número de 69 prisões realizadas somente neste ano de 2023. “É mais um homicídio solucionado pela DHPP. Dentro dos próximos dias finalizamos o procedimento e encaminhamos para o Poder Judiciário, já com os três indiciados presos”, ressalta.

Relembre o caso

A investigação apontou que o crime ocorreu dentro do contexto de disputa de poder entre facções criminosas e que os suspeitos eram soldados importantes da facção à qual pertenciam e que tem ramificações por todo o país.

“Eles receberam a missão de atentar contra a vida de um membro da organização criminosa rival. Charles, que era usuário e comprava drogas com ambas facções, tomou conhecimento desse plano de morte e resolveu alertar o traficante, do qual também era cliente, sobre tal movimento de emboscada contra ele. Esse alerta foi entendido como um ato de traição, por isso, Charles teve sua morte decretada”, relembra o delegado.

Assim, os suspeitos que se diziam amigos de Charles, teriam organizado uma confraternização na casa dele e, em determinado momento, o matado em represália ao ato de traição. A vítima foi encontrada morta no quintal de casa com uma faca cravada no peito.

“Ao analisarmos a cena do crime, ficou claro que antes de ser morto, Charles lutou intensamente contra seus algozes, uma vez que havia inúmeras manchas de sangue espalhadas por vários cômodos da casa. Embora a vítima tenha sido encontrada com uma faca cravada no peito, o laudo cadavérico apontou que os autores do delito também fizeram uso de uma arma de fogo, atingindo a vítima com três disparos que o acertaram no braço e no tórax”, relata o delegado.

Fuga

Após o crime, os autores saíram do local utilizando o veículo da vítima, um Siena prata. O automóvel foi abandonado minutos depois, em frente a um condomínio conhecido vulgarmente como Carandiru, localizado no mesmo setor.

Imagens obtidas junto a um estabelecimento comercial mostram os passos seguintes de dois dos suspeitos, logo após o crime. “Eles abandonam o veículo e seguem para um estabelecimento comercial com intuito claro de remover as manchas de sangue decorrentes do embate com a vítima. Lá pedem uma flanela ao caixa para limpar as mãos sujas de sangue. Um deles, percebendo que sua camisa estava com várias manchas de sangue, tira a camisa e a veste novamente do lado avesso. Eles chamam um carro por aplicativo e deixam o local”, informa o delegado.

Prisões anteriores

Na primeira fase, deflagrada no dia 24 de agosto deste ano, E.F. dos S. M., 29 anos, foi localizado e preso em Cristalândia, na região do Vale do Araguaia, para onde tinha fugido.

Já o segundo suspeito, de iniciais M.C. da S., 31 anos, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal, no dia 29 de setembro, quando fugia para Cuiabá (MT). (SSP/TO)