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Cultura

Atriz Érika Januza, rainha de bateria da escola de samba Unidos do Viradouro, com traje de capim-dourado.

Atriz Érika Januza, rainha de bateria da escola de samba Unidos do Viradouro, com traje de capim-dourado. Foto: Lua Dof/ Divulgação Secom-TO

Foto: Lua Dof/ Divulgação Secom-TO Atriz Érika Januza, rainha de bateria da escola de samba Unidos do Viradouro, com traje de capim-dourado. Atriz Érika Januza, rainha de bateria da escola de samba Unidos do Viradouro, com traje de capim-dourado.

O brilho do capim dourado mais uma vez foi destaque pelo Brasil. Na noite desse domingo, 21, a atriz Érika Januza, madrinha de bateria da escola de samba Unidos do Viradouro, no Rio de Janeiro, em um dos ensaios pré-carnaval, escolheu homenagear as mulheres do Jalapão, região em que esteve no ano de 2017 durante as gravações da novela O Outro Lado do Paraíso, onde interpretou a personagem Raquel.

Em meio aos passos de samba, a atriz completou o seu traje especial, criado com peças feitas pelas artesãs tocantinenses Ilana Ribeiro e Noemi Ribeiro - conhecida popularmente como Dotora - utilizando como acessório de cabeça a coroa, que compõe o acervo do Governo do Tocantins como parte do patrimônio da Secretaria da Cultura (Secult).

Criada em 2021, a coroa foi usada pela primeira vez durante a tradicional Festa da Colheita, que acontece todos os anos no povoado Mumbuca, do município de Mateiros, na região do Jalapão. De lá para cá, o acessório, desenvolvido pelo estilista Luiz Fernando Carvalho, com peças feitas manualmente por artesãs da Associação Dourada, do município de Novo Jardim, brilhou em concursos de beleza e foi destaque durante o 16º Salão do Artesanato, em Brasília (DF).

Ao falar sobre a escolha do capim dourado para a criação do traje de carnaval, desenvolvido especialmente para o ensaio da escola de samba, e com peças enviadas diretamente do Jalapão, Érika Januza ressaltou a força e a importância do trabalho criado com a matéria-prima. “É uma tradição passada de mãe para filha, de geração em geração, tem toda uma comunidade que vive da arte do capim dourado, que às vezes a gente encontra em tantos lugares por aí, mas a gente não sabe de onde vem. Essa é uma cultura familiar, muito importante”, disse em um vídeo postado nas redes sociais, onde também referenciou os trabalhos desenvolvidos por Dotora e Ilana, que conheceu durante sua estadia no Jalapão.

Diretora de projetos da Associação dos Artesãos e Extrativistas do Povoado Mumbuca, Ilana Ribeiro conta que a ligação com a atriz surgiu durante as gravações de O Outro Lado do Paraíso no Jalapão. “Ela havia falado que um dia gostaria de voltar e quando tivesse a oportunidade de nos apoiar em algum projeto ou divulgar o nosso trabalho faria isso. Para nós é importante saber que uma pessoa que veio ao Jalapão conhece nossa história, nossa cultura e faz essa homenagem. Então eu fiquei muito emocionada, minha tia (Dotora) também ficou, porque ela cumpriu o que disse. Para nós é gratificante, pois a personagem que ela fez era alguém do quilombo. Queremos muito trazê-la de volta ao Jalapão para que possa conhecer mais profundamente, já que quando veio estava em gravações”, destacou.

A artesã também reforçou a importância do apoio do Estado para que a cultura tocantinense alcance novos espaços. “Eu fiquei muito feliz com o empréstimo da coroa. Quando entrei em contato com o secretário Tião Pinheiro ele me atendeu pessoalmente e para mim é importantíssimo ter a cultura do Estado apoiando nessa questão. É gratificante saber que a gente pode contar quando precisa. É importante que essa coroa esteja lá e também saber que quem a fez, o Luiz Fernando Carvalho, um rapaz muito talentoso, é alguém do Tocantins”, complementou.

Para o secretário da Cultura, Tião Pinheiro, esse tipo de divulgação é muito importante para o Tocantins, que vê sua riqueza cultural indo mais longe. “A ação que culminou com essa exposição maravilhosa feita pela Érika Januza contou com as iniciativas da própria atriz, da Ilana Ribeiro e, claro, tem o talento também da sua tia Dotora (Noemi Ribeiro) e do estilista Luiz Fernando Carvalho. O apoio da Secult a essa iniciativa segue a orientação do governador Wanderlei Barbosa, que nos confiou a missão de fortalecer o setor devolvendo o protagonismo a nossos fazedores de cultura”, finalizou. (Secom/TO)

 Criada em 2021, a coroa foi usada pela primeira vez durante a tradicional Festa da Colheita, no povoado Mumbuca - (Foto: Lua Dof/Divulgação Secom-TO)