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Opinião

No domingo o Brasil voltará às urnas, escolhendo seus parlamentares, seus governadores e elegerá quem deve continuar o extraordinário governo do presidente Lula. Não será apenas mais um capítulo em nossa história política, além do exercício democrático e insubstituível da democracia, expressa pelo voto popular e a soberana decisão de dezenas de milhões de brasileiros.

Está em jogo a continuidade do mais exitoso governo desde Getúlio e JK. Está em jogo a estabilidade econômica e o acentuado desenvolvimento alcançado pelo País depois de longos períodos de recessão, empobrecimento e decadência social e econômica. Está em jogo as conquistas alcançadas pelo Brasil e seu povo e, mais que tudo isso, o futuro que se apresenta promissor a uma Nação que se reencontrou com seu destino de grandeza e sua vocação de prosperidade e democracia.

Durante a campanha eleitoral, a mais livre e a mais dura que o País já assistiu, pudemos avaliar os candidatos que se apresentaram para a difícil missão de substituir o maior de nossos presidentes em meio século. Foi uma jornada onde o desespero da oposição tentou macular o processo da ida de nossos cidadãos às urnas com toda sorte de denúncias falsas, manobras mesquinhas e mentiras que se desmoralizaram rapidamente. Os que baixaram o nível do debate, envolvendo toda sorte de artifícios, ardis e leviandades, estão sendo punidos pela condenação e o desprezo da cidadania, amargando índices ridículos nas pesquisas de intenção de voto. Os brasileiros de todos os rincões dessa Pátria continental, com distanciamento crítico e sabedoria imensa, fruto de amadurecimento notável e de clara opção pela democracia e a liberdade, estão rechaçando os arautos da desgraça, os pregoeiros do retrocesso, os porta-vozes da mentira e os oportunistas de sempre.

Os brasileiros não votarão em nomes, tão somente. Esse povo invulgar e talentoso, agente da história e responsável maior por seu próprio destino, está optando pelo caminho da estabilidade política, da soberania como Nação, da economia que se levantou de tantas quebradeiras e agora ocupa lugar de destaque no cenário internacional, do estilo de governar do presidente Lula, priorizando o social, vencendo as barreiras da miséria e avançando em direção a se tornar a sétima potência mundial.

Lamento informar aos nossos adversários, mas os brasileiros não topam nenhuma aventura, não querem saber de retrocesso, não enxergam o passado senão como lição e testemunho, não olham para o futuro senão com garra e confiança. O Brasil está dizendo sim a si mesmo. E aprendeu muito com Lula e seu governo íntegro, onde o humanismo e a preocupação social, tiraram quase 30 milhões de irmãos nossos da miséria e os levaram para a classe média que consome, que estuda, que participa, que opina e que acredita no país que nós todos ambicionamos. O Brasil também aprendeu com a outra face do mesmo governo, a da competência gerencial, da defesa dos interesses nacionais, da gestão pública com compromisso popular.

Foi assim com o presidente Lula reerguendo empresas que o governo FHC queria vender, como a Petrobrás, hoje a 2ª maior empresa de energia do planeta e a 4ª maior empresa de capital aberto do mundo capitalista. Foi assim com a construção de dezenas de universidades e escolas técnicas contra nenhuma (repito: nenhuma) do governo passado. Foi assim com a política de cotas nas universidades, abrindo a vida acadêmica para nossos irmãos negros e indígenas. Foi assim com o Prouni possibilitando a formação de profissionais de nível universitário em todas as áreas: medicina, direito, engenharia, veterinária, administração.

Lula, Estadista reconhecido pelo mundo e aprovado pela maioria esmagadora de nossa gente, cometeu um crime que jamais será perdoado pelas elites mesquinhas e pelos inimigos do povo: teve olhos, teve ouvidos e teve coração para os deserdados, os abandonados, os famintos, os desempregados, as vítimas maiores da política neoliberal, socialmente mesquinha e economicamente perversa. Lula viu o Brasil com os olhos do homem que o percorreu em tantas caravanas, que conhece as estradas, os rios e as cidades perdidas em nossa imensidão territorial, que bebeu água nas cacimbas e conversou com nossos sertanejos, matutos, caipiras, favelados, quilombolas, excluídos, falando a língua deles, conhecendo a grandeza e os sonhos de um povo sofrido, explorado e, desgraçadamente, faminto.

O encontro de Lula com esse Brasil profundo, sua identificação com as raízes da gente que o gerou, o formou, o elegeu e o sustenta, foi grandioso e histórico. E dele surgiu um governo que combateu e venceu a fome, que reergueu nossa economia, que distribuiu renda, que acabou com o desemprego e mudou para sempre a face de um país que se agiganta e se supera.

Para substituir Lula, para continuar o seu trabalho, para melhorar o que precisa ser melhorado, para vencer novas etapas e novos desafios, com competência gerencial, com firmeza de caráter, com coragem de guerreira e doçura de mãe e de avó, o nome de Dilma Rousseff é o que reúne as melhores condições, apresenta invejável experiência e traz enorme conhecimento das políticas sociais, da equação econômica e do projeto de país sonhados e iniciados por Lula. De personalidades diferentes, Dilma e Lula se igualam, se irmanam e se encontram no amor ao Brasil e no irrevogável comprometimento com seu povo e suas aspirações mais legítimas.

Luiz Inácio Lula da Silva deixará a presidência da República, já tendo o reconhecimento dos brasileiros e da história, nas mãos de quem melhor pode substituí-lo na tarefa de continuar o governo que os brasileiros apóiam, aprovam e desejam que continue. Lula jamais teria indicado o nome de Dilma Rousseff, cuja trajetória impecável ja a credenciaria por si só, não tivesse a certeza de que Dilma será uma excelente presidente da República.

Bem vinda, Senhora Presidenta.

(*) Delúbio Soares é professor

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