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Estado

O Movimento Estadual dos Direitos Humanos busca junto á Secretaria Estadual de Segurança Pública a apuração dos fatos que resultaram no assassinato do Assessor Educacional do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia e Secretário Executivo do Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH, Regional Centro-Oeste, advogado Sebastião Bezerra da Silva.

O crime ganhou até repercussão nacional em razão da crueldade com a qual foi exercido. O advogado acompanhava casos de tortura, assasinato e violência policial e doméstica e segundo o movimento as ameaças deveriam estar vindo de “pessoas perigosas” envolvidas em algum destes processos.

O advogado relatou em novembro de 2010 a um dos colegas ativistas dos Direitos Humanos que vinha recebendo as ligações anônimas. Sebastião estava inclusive planejando mudança para Goiânia temendo as ameaças.

No laudo de óbito do advogado consta como causa da morte asfixia por estrangulamento e amassamento do crânio. O corpo foi encontrado com marcas de tortura o que fortalece a hipótese de “vingança”.

Há anos atrás o advogado denunciou alguns policiais por tortura a uma pessoa e as ameaças podem ter surgido em virtude disso, segundo informações de integrantes do movimento ao Conexão Tocantins.

A suspeita de assassinato por vingança levantada pelo Movimento de Direitos Humanos foi repassada na manhã desta quarta-feira, 2, ao secretário de Segurança Pública, João Costa pedindo apuração dos fatos urgentes.

No ofício entregue ao secretário o movimento solicita que as investigações sejam feitas com a máxima diligência e rapidez e que o Movimento seja informado do encaminhamento do processo administrativo.
O Movimento não descarta ainda a possibilidade de que o crime tenha conotação política e repressiva.

O corpo do militante foi encontrado no dia 27 nas proximidades da fazenda Caridade a 10 Km de Dueré e estava enterrado apenas com dedo de um dos pés de fora. Os dedos da mão estavam perfurados com agulha.