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Marisa Sales é um exemplo das oportunidades às mulheres tocantinenses

Marisa Sales é um exemplo das oportunidades às mulheres tocantinenses Foto: Lia Mara

Foto: Lia Mara Marisa Sales é um exemplo das oportunidades às mulheres tocantinenses Marisa Sales é um exemplo das oportunidades às mulheres tocantinenses

Elas somam hoje mais de 681 mil, em todo o Tocantins e desempenham como ninguém as funções de secretárias, subsecretárias, presidentes de autarquias, vice-presidentes, superintendentes, diretoras, coordenadoras, chefes de gabinetes, assessoras, fotógrafas, radialistas, copeiras, professoras, deputadas, vereadoras, senadora, zeladoras, médicas, cirurgiãs-dentista, mães, chefes de família e assim por diante. As mulheres atuam em todas as áreas, até mesmo onde era território predominantemente masculino.

Todas estas posições de destaque reforçam a luta pela igualdade nos direitos e deveres. Luta esta que é revigorada a cada 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. A batalha feminina é por mais mulheres em cargos de chefia e salários iguais aos dos homens (para a mesma função).

A busca das mulheres tocantinenses já mostra resultado: dos 139 municípios, 23 possuem mulheres à frente do Executivo; das 41 secretarias e autarquias do Governo do Estado, uma é comandada por elas; na Assembléia Legislativa, quatro das 24 cadeiras são ocupadas por mulheres e tanto na Câmara Federal, quanto no Senado, temos uma representante tocantinense.

Os números ainda mostram uma minoria estatística, mas as expectativas para as próximas décadas são de numa situação oposta, principalmente pelo fato de ser o país hoje, regido por uma mulher. “Me sinto muito feliz, porque vejo que os tempos mudaram, apesar de ainda haver discriminações, as mulheres do Tocantins conseguem se destacar, comandar, e tomar decisões em todos os sentidos, até mesmo políticas e administrativas”, afirma a subsecretária do Trabalho, Marisa Sales, acrescentando que espera que em breve, a questão discriminação seja banida da sociedade.

Marisa é um exemplo da oportunidade feminina no Tocantins, ela já foi vice-prefeita de Palmas, e por várias vezes assumiu a Prefeitura, na ausência do então prefeito Eduardo Siqueira Campos, secretária municipal de Cidadania e da Mulher e vereadora da Capital, por dois mandatos.

Definindo prioridades

Com uma filha de três anos e outra de 9 meses, a tenente-coronel Alaídes Pereira Machado, responde hoje pela direção do Colégio Militar de Palmas e conta como consegue cuidar das filhas biológicas e dos 1.116 filhos dos outros que estão sob sua responsabilidade. “Pra dar conta das muitas funções que temos que desempenhar no decorrer do dia, como ser mãe, profissional, esposa e mulher, no sentido de cuidar de mm, só definindo prioridades. Nas quintas-feiras há momentos em que a programação da escola começa à 7h, sou obrigada a deixar as crianças com o pai e ser diretora, em outros momentos, em que minhas filhas adoecem preciso colocá-las em primeiro lugar”, afirma a diretora, acrescentando que na última situação, tem a sorte de contar com uma equipe extremamente competente que faz o Colégio seguir seu ritmo mesmo sem sua presença.

Trabalho e salários

De acordo com uma pesquisa realizada o ano passado, pela a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL), as tocantinenses representam 44,97% da População Economicamente Ativa. Número este que poderia ser maior, sem a grande informalidade no interior do Estado.

Quando se trata de remuneração, as mulheres que atuam no Governo do Tocantins, recebem salários iguais aos dos homens, no desempenho das mesmas funções. Este dado mostra um grande avanço, tendo em consideração a pesquisa divulgada no último dia 2, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), onde mostra que as brasileiras ainda recebem apenas cerca de 76% da remuneração dos homens pelo desempenho da mesma função.

Origem da Comemoração

No dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da mulher porque neste dia, em 1857, as operárias de uma fábrica têxtil situada em Nova Iorque entraram em greve reivindicando a redução de mais de 16 horas de trabalho por dia para dez horas, pois recebiam menos de um terço do salário dos homens. Para tanto, elas ocuparam a fábrica e foram trancadas dentro da mesma, onde aconteceu um incêndio e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres, realizada na Dinamarca, oficializou a data comemorativa.

Fonte: Secom