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Foto: Joatan Silva Reunião aconteceu na sala de reuniões da Fieto Reunião aconteceu na sala de reuniões da Fieto

Gestores e representantes de instituições dos Estados do Tocantins e Maranhão se reuniram nesta segunda-feira, 17 de outubro, para discutir estratégias de desenvolvimento da cadeia produtiva do peixe, como alternativas de compensação das comunidades afetadas pela barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito. A reunião, que foi coordenada pelo secretário Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Jaime Café, contou com a participação de diversos agentes públicos, como o chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Pesca e Aquicultura, Luiz Sabanay; dos prefeitos João Alberto (Carolina - MA), José Gomes Coelho (Estreito - MA), dentre outros.

Para o secretário da Agricultura, esses encontros são “imprescindíveis” para a elaboração de um projeto eficaz de desenvolvimento da cadeia produtiva do peixe, na região afetada pela construção da usina. “Estamos discutindo um tema de extrema importância e com essa união de forças entre os governos [do Tocantins e Maranhão], Ibama, Ministério da Pesca, Ministério Público e Sebrae será possível desenvolver essa região”, afirmou Jaime Café, durante a primeira parte da reunião, que aconteceu pela manhã, na sala de reuniões da Fieto, em Palmas.

Esse é o segundo encontro dos representantes dos governos do Tocantins e Maranhão, voltado para discutir uma alternativa de desenvolvimento dos impactados da Usina de Estreito. Contudo, nas duas reuniões, o Ceste - Consórcio Estreito Energia não enviou representantes, o que dificulta o processo de discussão dessa alternativa, como afirmou o secretário da Agricultura. Apesar de lamentar a ausência do Consórcio nas reuniões, Jaime Café avaliou o encontro de forma “positiva”, em razão da participação dos demais agentes.

Após a realização desta reunião, será possível elaborar um projeto de desenvolvimento sustentável da região afetada pela construção do Lago de Estreito, a partir da piscicultura. De acordo com o Chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Pesca e Aquicultura, Luiz Sabanay, o desenvolvimento dessa região é uma das prioridades do Governo Federal. “Estamos em um processo de articulação institucional, onde propomos parcerias entre diversas instituições, e tudo isso é importante para a visibilidade da proposta”, avaliou o representante do Governo Federal.

A subsecretária de Aquicultura e Pesca do Tocantins, Miyuki Hyashida, que esteve envolvida diretamente na organização da reunião, também pontuou a “importância” do encontro e chamou atenção para a força dos diversos agentes envolvidos. Também participaram da reunião, o superintende do Ibama (TO), Joaquim Henrique Moura; o procurador da República no Tocantins, Álvaro Manzano e o superintendente de Pesca e Aquicultura do Governo do Maranhão, José Ribamar Pereira.

A Usina Hidrelétrica Estreito está em funcionamento desde março deste ano e gera 258,81 MW médios de energia assegurada acumulada, o suficiente para abastecer uma cidade de um milhão de habitantes. Para funcionamento do lago foi preciso fazer um reservatório, localizado no Rio Tocantins, na divisa dos Estados do Maranhão e Tocantins. Foram afetados com a construção do Lago, os municípios de Carolina (MA), Estreito (MA), Barra do Ouro (TO), Babaçulândia (TO), Filadélfia (TO), Itapiratins (TO) e de Palmeiras (TO). (Ascom Seagro)