Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

A falta de monitoramento do espaço aéreo do Tocantins ainda é um dos principais empecilhos para controle de maioria dos vôos que são realizados no Estado inclusive os de aviões particulares, como o que se chocou com a rede elétrica de alta tensão em Campos Lindos na semana passada.

Integrantes do Aeroclube de Porto Nacional esclareceram ao Conexão Tocantins alguns pontos sobre o controle dos vôos das aeronaves no Estado. O vice-presidente do Aeroclube, Padre Sérgio, explicou que caso a aeronave PT-EZU tenha decolado de uma Fazenda ou outra propriedade rural do Tocantins é um procedimento usual. “A infra-estrutura portuária tem muitas falhas e não cobre todas as localizações, esse é um procedimento usual”, explicou.

Possivelmente o avião que se chocou em Campos Lindos não tinha plano de vôo mas para o vice-presidente mesmo sendo assim não se pode considerar o voo como clandestino. “ Pode ser que a pista clandestina não cumpriu os parâmetros legais para ser homologada pela Anac”, pontuou.

A Aeronáutica informa que mantêm o controle e a vigilância do espaço aéreo do País por meio de uma rede de radares que cobre todo o território brasileiro. “No caso do Tocantins, a área do Estado está coberta pelos Departamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) de Imperatriz (MA), São Félix do Xingu (PA), Conceição do Araguaia (PA), São Félix do Araguaia (MT) e Gama (DF)”, informou ao Conexão Tocantins.

Essa rede de radares é utilizada tanto para o controle de voo das aeronaves quanto para a defesa aeroespacial a partir dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA), localizados em Brasília, Curitiba, Recife e Manaus. A base do Cindacta em Palmas ainda está em construção e deve ser finalizada no final deste ano.

Os voos irregulares, explica a Aeronáutica, podem ser interceptados pela Força Aérea Brasileira que faz monitoramento do espaço aéreo. “Os números das missões de interceptação, no entanto, não são divulgados por constituírem dados de interesse de segurança nacional”, explica a Aeronáutica.