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Palmas

Um dos maiores impasses que virou alvo de pedido de CPI por parte de vereadores de Palmas, o Parque das Borboletas Azuis, ainda pode demorar para sair do papel. O tema foi debatido durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, 12, promovida pelo empresário e dono do Capim Dourado Shopping, Carlos Amastha.

De acordo com o empresário, mesmo sem ter compromisso formal em construir uma área de lazer na zona verde ao lado do shopping, a intenção era investir no aparelho. Na ocasião, Amastha frisou que pretende construir o parque, mas que precisa do alvará e da licença ambiental da Prefeitura. “Mas o terreno pertence ao governo, que não quer doar. Assim, a Prefeitura não pode conceder o alvará”, explicou.

O Conexão Tocantins entrou em contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) que informou, através da assessoria de imprensa, que não há como conceder esse tipo de licença, uma vez que o terreno pertence ao Estado. Ainda de acordo com a Prefeitura, o caso fica entre o empresário e o governo, dono do terreno.

Segundo informado ao Conexão Tocantins, na época do primeiro pedido de autorização para a construção do parque na área verde ao lado do shopping, o então secretário da habitação do município, Eduardo Manzano, sugeriu que o Estado doasse o terreno para a Prefeitura de Palmas para facilitar concessão do alvará e da licença ambiental. No entanto, conforme a assessoria de comunicação, até o momento, não houve resposta do governo do Estado.

Enquanto isso, o assunto ainda é parte da sustentação para a Comissão Parlamentar de Inquérito, que está para ser formada na Câmara de Vereadores e que questiona o empresário pela não construção do Parque. Além do Parque das Borboletas Azuis, outros pontos levantados pelos vereadores e já rebatidos pelo empresário são possíveis fraudes nas licenças da Prefeitura, além de falhas no suposto processo de "doação do terreno" - a área foi comprada - para a construção do shopping.

O empresário ainda sustenta que a iniciativa da construção do Parque foi sua não tendo nenhum compromisso para tal. "Mas vou construir, me sinto no dever de contribuir com a cidade", diz Amastha, concluindo, “este parque não tem nada a ver com compromisso para construção, e nem com o Capim Dourado. É uma obra que quero deixar para a cidade, meus filhos e netos”.

O vereador Aurismar Cacalcante (PSDB) autor do requerimento para instalação da CPI contra o Capim Dourado Shopping é um dos que questionam a não construção do Parque por parte do empresário.