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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira, 17, o deputado estadual Eli Borges (PMDB) comentou sobre um possível envolvimento do nome do governador do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, flagrado na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. De acordo com as gravações da Polícia Federal, o bicheiro teria feito doações de cerca de R$ 500 mil para a campanha do governador, através da empresa JM Terraplanagem e Construção, pertencente ao grupo de Cachoeira.

De acordo com o deputado, a Assembleia Legislativa tem um papel fundamental nas investigações nesses casos. “Eu acho que a Assembleia precisa cumprir seu papel constitucional e ir mais fundo nas investigações”, completou.

Segundo o deputado, é preciso investigar est tipo de ligações para saber, ainda, se houveram outras doações financeiras para a campanha de Siqueira, que não foram declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. “Revela-se investimentos financeiros de campanha declarados ao TSE. Mas precisa saber se houveram outros investimentos não declarados”, salientou.

Família envolvida

Na ocasião, Eli Borges ainda lembrou que as investigações da Polícia Federal ainda apontaram envolvimento também do secretário estadual das Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, filho do governador, com o bicheiro investigado pela Operação Monte Carlo. Neste caso específico, as ligações entre o secretário e o bicheiro foram sobre as Medidas Provisórias aprovadas pela AL, que terceirizam serviços de fiscalização do Detran.

De acordo com o peemedebista, “o que fica claro é que haviam encontros (entre Cachoeira, Eduardo e Siqueira Campos). Tratava-se de investimentos financeiros envolvendo o governo do Estado”. O deputado frisou que, passando as discussões envolvendo os projetos da Policia Militar, a bancada de oposição pretende se reunir para definir uma linha de atuação nas investigações evolvendo membros do governo com o bicheiro goiano.

Outros envolvidos

Além de Eduardo e Siqueira Campos, nomes de outros governadores do Tocantins já foram citados as gravações da Polícia Federal. Marcelo Miranda e Carlos Gaguim, ambos do PMDB, também tiveram seus nomes apontados pelas investigações por contratações de empresas de Rossine Alves Guimarães, sócio de Carlos Cacheira.