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Cultura

Em Gurupi, os escritores estão expondo seus livros e cordéis no estande da Academia Gurupiense de Letras, instalada na Estação da FLIT, com livros diversos para apreciação e vendas. Lá está acontecendo lançamentos de livros, shows musicais e os leitores poderão trocar idéias com os escritores.

Antônio Farias da Silva, conhecido como Palmares está apresentando 10 livros. Ele nasceu na União dos Palmares, Alagoas e resolveu adotar o nome da cidade onde nasceu. Nos anos 80, começou a se dedicar a literatura de cordel, além dos livros, compôs 200 músicas.

Para Palmares que participou da Flit em Palmas, está achando ótimo a edição de Gurupi porque tem mais facilidade para as pessoas da região participarem. “Elas podem estar aqui todos os dias e voltarem para suas cidades. Isso é ótimo”.

O escritor e jornalista Zacarias Martins, autor do livro “Histórias da História de Gurupi”, explicou que “a regionalização da Flit é uma grande conquista para a classe literária e é importante ferramenta para a formação do público leitor”. Ele sugere que deveria ser pensado em mais atividades para este fim, como a hora do conto, recital de poesia, etc. “Aqui o público está tendo a oportunidade de ficar próximo ao leitor”.

O livro “História da História de Gurupi”, considerado por Zacarias como uma historiografia crítica retrata de forma divertida fatos pitoresco da cidade como o causo de uma bomba que foi deixada numa agência da Caixa Econômica, na Avenida Goiás.

José Ribamar dos Santos, o poeta que saiu pescando cordel, está com oito livros na Flit, sendo sete cordéis. Ele cria personagens para contar histórias pitorescas dos municípios do Tocantins, como o João Trocado – o vaqueiro do diabo, História do Boi Bala de Rifle e outros títulos como “O empregado e o salário”.

Ribamar nasceu em Dueré, passou a sua infância na Ilha do Bananal e reside em Gurupi desde 1972. O seu ponto de encontro é na feira onde ele leva seus cordéis, ouve histórias para criar novos personagens e divulga o seu trabalho.

“A regionalização da Flit foi a maior invenção do Governo do Tocantins para as regiões do Estado, dando oportunidade a todos de divulgarem seus escritos e há uma maior interação com a leitura. Isso é extraordinário”, frisou o presidente da Academia Gurupiense de Letras, José Maciel de Brito. (Ascom Seduc)