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Cultura

Foto: Divulgação

“O que mais gosto no personagem é que ele se permite brincar, sonhar. E é neste mundo da fantasia que ele se reconhece nos outros, por mais estranhos que sejam, e se vê feliz assim. Isto deve servir de reflexão para todos, principalmente para aqueles que, com o tempo, esquecem o valor de se sonhar.” A declaração de Rodrigo Bach, que dá vida a Félix, protagonista do espetáculoExotique, do grupo gaúcho Tholl sintetiza bem a peça, que ficou em exibição no Auditório Margarida Lemos, no domingo, 08, terceiro da Feira Literária Internacional do Tocantins (Flit), mondada sobre a Praça dos Girassóis, em Palmas.

Como bem sugere o próprio nome, que em português significa “extótico”, a peça conta, de maneira nada convencional, a história de um viajante que chega a uma terra até então desconhecida e repleta de criaturas espetacularescas e festeiras. Se no início foi o estranhamento quem tomou os sentimentos do aventureiro Félix, este logo se desfez em identificação e partilha de alegria, tudo isto com muita música, dança, luz, cores e, principalmente, magia de encantamento lúdico.

Exótica e eclética

Além de cumprir a proposta de ser exótica, a apresentação é bastante eclética. Na escolha das músicas, por exemplo, mesclou-se momentos de maior agitação funkeada, como na coreografia sob o ritmo deSex machine, de James Brown, e de mais erudição suave, quando a25ª sinfonia de Mozart em sol menorcompôs a música-ambiente do espetáculo. Já nas atividades sobre o palco, os artistas circenses surpreendiam aos presentes realizando malabarismos com diferentes objetos, equilibrismo, e acrobacias, tanto em solo como em arcos suspensos no ar, tudo complementado com um figurino rico em detalhes.

Talento descoberto na escola

Quando tinha apenas dois anos de idade, a pequena em tamanho e gigante em talento Evelyn Araújo foi descoberta por um integrante do grupo Tholl na escola na qual estudava, em Pelotas, onde fazia aulas de ginástica olímpica. Do reconhecimento do dom a se inserir na trupe, conforme explica a artista mirim, foram necessárias duas específicas medidas: acreditar no sonho de se tornar membro do Tholl e muita dedicação. “Uma professora minha é do Tholl, daí ela me viu e disse que com treino eu poderia entrar no grupo. Eu segui o que ela me falou e hoje estou aqui. Por isto eu falo para todos que temos que acreditar nos nossos sonhos. Eu era uma aluna em uma aula de ginástica e agora trabalho com o que amo por causa disto”, disse Evelyn, que atualmente tem oito anos.

Últimas sessões

O Grupo Tholl ainda tem duas apresentações para realizar neste domingo, 08, também no Auditório Margarida Lemos. A primeira vai ocorrer entre das 17 às 18 horas; já a última, a de despedida da trupe na Flit, das 21 às 22 horas. (Ascom Seduc)