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Polí­tica

Foto: Frederick Borges

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Investir no cultivo de seringueira como ferramenta de fomento para geração de emprego e renda foi um dos principais objetivos do Polo de Produção de Seringueira citados pelo governador Siqueira Campos. A segunda unidade tocantinense do projeto foi lançada na manhã desta quinta-feira, 06, na Fazenda Serra Dourada, em Palmeirópolis, Sudeste do Tocantins.

Além do governador, estiveram presentes na solenidade diversos agricultores tocantinenses, secretários de Estado, deputados e autoridades locais. Durante a ocasião Siqueira Campos assinou mensagem que envia à Assembleia Legislativa um projeto de lei que dispensa Licenciamento Ambiental para o cultivo de seringueiras em áreas de agricultura ou pecuária consolidadas, degradadas ou subutilizadas.

O lançamento do II Polo de Produção de Seringueira aconteceu em meio a uma plantação composta de quase mil hectares de área cultivada, o que significa cerca de 500 mil árvores. De acordo com o agropecuarista Jorge Hajjar, proprietário da fazenda, seu interesse pela seringueira aconteceu após ter conhecido algumas plantações em Goiás. “Esse negócio é muito rentável não é caro, não exige tecnologias avançados e é perfeito para os pequenos produtores pois sua lucratividade é 13 vezes maior que a do gado”, disse o empresário.

Tanto o empresário quanto o governador ressaltaram o potencial tocantinense para a produção. Plínio Arcanjo é outro empresário da região que apostou no cultivo da espécie. O produtor possui cerca de 60 mil árvores plantadas e disse que pertence a um grupo disponível a investir na plantação de 1 milhão de seringueiras. Segundo o agricultor, o clima do Tocantins é muito favorável. “As estações definidas fazem com que o cultivo seja propício na região, inclusive, acreditamos que a árvore daqui será a de maior produtividade no mundo”, explicou.

É por causa desse potencial que o governador destacou a intenção de transformar o Tocantins em um dos principais produtores de látex do país. “O Tocantins tem muito potencial para seringueiras e se incentivarmos os pequenos produtores e os somarmos aos grandes seremos o estado de maior produção no País”, disse ele, explicando também que o incentivo do Estado tem a intenção de desenvolver uma política social capaz de “revitalizar a economia e distribuir rendas”.

O secretário Jaime Café destacou a facilidade na obtenção de créditos para investimento no setor e disse que o próprio Governo Federal facilitando o processo. “Hoje nós temos muitas linhas de crédito disponíveis para os interessados em investir na silvicultura, inclusive o Pronaf já tem uma linha especifica para isso”, frisou o gestor.

Atualmente o país produz apenas 35% de seu consumo, o restante é importado de países da Ásia. O Tocantins tem uma área de 1.840 hectares de seringueiras plantadas e emprega cerca de seis mil pessoas diretamente, a maioria da plantação está presente na região sudeste. A intenção é que até 2017 esse número ultrapasse a marca dos 12 mil hectares. (Secom)