Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­tica

As mais de 500 mulheres da Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) deixaram a Fazenda Aliança no final da manhã desta quinta-feira, 7. Segundo informou uma das coordenadoras da manifestação Mariana Silva ao Conexão Tocantins o ato foi pacífico e teve o intuito de chamar atenção contra o agronegócio.  As manifestantes já deixaram o município e desbloquearam também a BR 153 que ficou interditada por mais de uma hora. Pneus chegaram a ser queimados na ação.

A senadora Kátia Abreu repudiou a ocupação e através de nota acusou os movimentos de fazer 40 trabalhadores como reféns. A coordenadora da manifestação negou. “Isto não aconteceu em nenhum momento.Não teve nada disso. Não fizemos nem contato com os trabalhadores”, frisou. Para os movimentos a acusação da senadora tem como intuito criminalizar os movimentos.

Além de Kátia Abreu, a assessoria do deputado Irajá Abreu, proprietário da Fazenda, disse ainda que os trabalhadores foram impedidos de sair da fazenda e também que a invasão gerou a destruição de 500 mil mudas de eucalipto, um prejuízo de meio milhão de reais. “Eles falam isso por que tem culpa no cartório. É muito importante para as pessoas conhecerem o que é que uma senadora da república, uma pessoa pública faz com as terras deste Estado”, disse.

A destruição de alguns canteiros de eucalipto, segundo os movimentos, foi com a intenção de repudiar o plantio das mudas e chamar atenção para a necessidade de fortalecer a agricultura familiar. Sobre o fato da senadora ter chamado a Via Campesina de milícia do MST a coordenadora diz que a afirmação mostra o preconceito da senadora com os trabalhadores. “A Via Campesina é um movimento internacional com várias associações camponensas. Isto que ela disse mostra que ela é preconceituosa, criminalizadora e fascista”, disse.

As manifestantes estão vindo para Palmas onde participarão de outras mobilizações.