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Polí­tica

O deputado estadual Sargento Aragão (sem partido) fez um discurso duro na Assembleia Legislativa sobre o envolvimento do Igeprev na Operação da Polícia Federal que investiga a aplicação de fundos de pensão em empresas do doleiro Fayed Treboulsi, apontado como chefe de quadrilha em transações que lesaram os fundos. "O Igeprev é o único cotista no fundo é quadrilha ou não é?", questionou afirmando ainda que o Instituto omitiu informações à Auditoria do Igeprev.

Segundo Aragão, a quadrilha era formada e autorizada pelo Chefe do Executivo.O deputado vai apresentar um pedido de convocação do ex-presidente do Igeprev além de todos os órgãos envolvidos na auditoria para que seja realizada uma audiência pública na Assembleia.

Aragão questionou ainda as aplicações feitas pelo Igeprev o que pode caracterizar possíveis desvios no órgão. Auditoria do  Ministério da Previdência estima as perdas totais do Igeprev em 2012 da ordem de R$ 140 milhões. O Instituto investiu R$ 241 milhões nos fundos indicados pela empresa do doleiro Fayed (Invista). Segundo Aragão, R$ 105 milhões do órgão desapareceram.

No relatório de inteligência da PF, são apontadas relações do então presidente do Igeprev, Rogério Villas Boas, com Fayed. Ele foi exonerado do cargo após seu nome ser mencionado.

O Estadão chegou a mencionar que o Relatório da Operação Miquéias, da Polícia Federal, revelou tentativas do grupo investigado pelo desvio de recursos de fundos de pensão de se aproximar do governo do Tocantins mas o governo negou qualquer tipo de contato e envolvimento com  a quadrilha do doleiro.

O deputado Freire Junior (PV) frisou que concorda que é uma quadrilha no Igeprev. “ É uma quadrilha que está assaltando o Estado”, frisou. Segundo ele é patrimônio do trabalhador que foi pelo ralo mas não volta mais.Freire disse que o governador é o chefe da quadrilha.

O deputado Eli Borges também comentou o assunto e disse que o governador Siqueira Campos deveria ter ciência do que acontecia no órgão. “ Se ele falar que desconhece está dando atestado público de que não consegue mais governar o Estado do Tocantins. Aí ele comete outro erro de que não sabe mais em que condições está no Estado”, disse.  Para o deputado se houve desvios o governo tinha pleno conhecimento. “Ou esse governo tinha conhecimento de tudo e eu tinha convicção de tinha ou deve pegar o boné amarraras as chuteiras e admitir que não dá conta de administrar o Estado”, frisou.

O deputado Wanderlei Barbosa chegou a mencionar na sessão que se for necessário a Casa de Leis tem que abrir um processo investigativo.